Primavera Árabe
Os protestos no mundo árabe, também
conhecido como a Primavera Árabe,
uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no
Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data,
tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia; grandes
protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omã e Iémen e
protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita,
Sudão e Saara Ocidental. Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência
civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e
comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube,
para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade
internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por
partes dos Estados.
Evolução
A Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de várias nações afetadas não serem parte do "Mundo árabe", foi provocado pelos primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma protesto contra a corrupção policial e maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o Iêmen, com os maiores, mais organizadas manifestações que ocorrem em um "dia de fúria". Os protestos também têm provocado distúrbios semelhantes fora da região.
Até à data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015, assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014, embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.
A volatilidade dos protestos e as suas implicações geopolíticas têm chamado a atenção global com a possibilidade de que alguns manifestantes possam ser nomeados para o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
A Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de várias nações afetadas não serem parte do "Mundo árabe", foi provocado pelos primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma protesto contra a corrupção policial e maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o Iêmen, com os maiores, mais organizadas manifestações que ocorrem em um "dia de fúria". Os protestos também têm provocado distúrbios semelhantes fora da região.
Até à data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015, assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014, embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.
A volatilidade dos protestos e as suas implicações geopolíticas têm chamado a atenção global com a possibilidade de que alguns manifestantes possam ser nomeados para o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
Oito meses de luta na Líbia deram a
falsa impressão de que a Primavera Árabe estagnara. Mas a saída de Muamar
Kadafi, e as bem-sucedidas eleições na Tunísia, além de outros desdobramentos,
mostram a força dos movimentos em favor da liberdade e da democracia na região.
Países que não estão no
epicentro da Primavera Árabe, como a Jordânia, procuram antecipar reformas. O
rei Abdullah assegurou que, a partir de 2012, dividirá com o Parlamento a
tarefa de escolher o primeiro-ministro e o Gabinete. O objetivo final, segundo
o rei, é um governo parlamentarista.
Há países em pleno
processo de transição - violenta - para a abertura, como Síria e Iêmen. E
tradicionais baluartes do conservadorismo islâmico - a monarquia wahabita da
Arábia Saudita e a teocracia xiita radical do Irã. Todos, de uma forma ou de
outra, já estão sendo ou serão alcançados pelos ventos que sopram de Túnis, do
Cairo e de Trípoli.
Ban Ki-moon Chama a Primavera Árabe de
revolução da esperança
O secretário-geral das
Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou em Sydney que a "revolução da
esperança" no norte da África e na Costa do Marfim é uma mensagem para os
outros países sobre o imperativo democrático e a vontade popular. "Uma revolução da
esperança se elevou na África do Norte e além", declarou Ban Ki-moon em um
discurso na Universidade de Sydney, no qual mencionou Líbia, Síria e Costa do
Marfim. "A Líbia é um exemplo da capacidade do mundo de chegar a um
entendimento para proteger um povo quando seus próprios dirigentes não podem ou
não querem fazê-lo".
A revolução democrática árabe é
considerada a primeira grande onda de protestos Laicistas e democráticos do mundo
árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso de Tunis,
apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais,
condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes
corruptos e autoritáriosrevelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos
Estados Unidos, divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismo
árabes dentre as dentre as décadas de 50 e 1970, foram se convertendo em
governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a
um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.
Outras causas das más condições de vida,
além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na
falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infra estruturas
em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de
poucos e corruptos.
Estas
revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a Guerra Fria, os países árabes
submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense e do Comunismo
russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não
eram permitidas nesses países.
Diferentemente da atualidade, as idéias do
Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande
presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. Esta, por sua
vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da
União Européia.
A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo,graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão, por outras partes do mundo árabe. Por último, a profunda crise do subprime de 2008 na qual foi muito sentida pelos países norte - africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos. A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. E são essas particularidades que fazem da Primavera Árabe, um dos movimentos revolucionários mais importantes dos últimos tempos.
A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo,graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão, por outras partes do mundo árabe. Por último, a profunda crise do subprime de 2008 na qual foi muito sentida pelos países norte - africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos. A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. E são essas particularidades que fazem da Primavera Árabe, um dos movimentos revolucionários mais importantes dos últimos tempos.
Fontes: Wikipedia.org
Escola Globalizada
Terra
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