domingo, 26 de agosto de 2012

Mensalão, a farsa e os farsantes

O julgamento do "mensalão": a farsa e os farsantes

- por Bob Fernandes, para o portal TERRA

Há quem diga ser uma farsa o julgamento do chamado "mensalão". Não, o julgamento não é uma farsa. É fruto de fatos. Ou era mesada, o tal "mensalão", ou era caixa dois; essa que (quase) todo mundo faz e usa. Mas não há como dizer que há uma farsa. E quem fez, que pague o que fez. A farsa existe, mas não está nestes fatos.

Farsa é, 14 anos depois, admitir a compra de votos para se provar a reeleição-Fernando Henrique Cardoso, mas dizer que não sabe quem comprou. Isso enquanto aponta o dedo e o verbo para as compras que agora estão em julgamento. A compra de votos existiu em 97. Mas não deu em CPI, não deu em nada.

Farsa é fazer de conta que em 1998 não existiram as fitas e os fatos da privatização da Telebras. É fazer de conta que a cúpula do governo de então não foi gravada em tramoias e conversas escandalosas num negócio de R$22 bilhões. Aquilo derrubou um pedaço do governo tucano. Mas não deu em CPI. Ninguém foi preso. Deu em nada.

Farsa é esquecer que nos anos PC Farias se falava em corrupção na casa do bilhão. Isso no governo Collor; eleito, nos lembremos, com decisivo apoio da chamada "grande mídia".

À época, a Polícia Federal indiciou mais de 400 empresas e 110 grandes empresários. A justiça e a mídia deixaram pra lá o inquérito de 100 mil páginas, com os corruptos e os corruptores. Tudo prescreveu. Fora PC Farias, ninguém pagou. Isso, aquilo, foi uma farsa.

Farsa foi, é, o silêncio estrondoso diante do livro "A Privataria Tucana'. Livro que, em 115 páginas de documentos de uma CPI e de investigação em paraísos fiscais, expõe bastidores da privatização da telefonia. Farsa é buscar desqualificar o autor e fazer de conta que os documentos não existem ou "são velhos". Como se novas fossem as denúncias agora repisadas nas manchetes na busca de condenações a qualquer custo.

Farsa é continuar se investigando os investigadores e se esquecer dos fatos que levaram à operação Satiagraha. Operação desmontada a partir de uma fita que não existiu. Fita fantasma que numa ponta tinha Demóstenes Torres e a turma do Cachoeira. E que, na outra ponta da conversa que ninguém ouviu, teve (ou melhor, teria tido) o ministro Gilmar Mendes.

Farsa é, anos depois de enterrada a Satiagraha, o silêncio em relação a 550 milhões de dólares. Sim, por não terem origem comprovada, US$ 500 milhões continuaram retidos pelos governos dos EUA e da Inglaterra. E o que se ouve, se lê ou se investiga ? Nada. Tudo segue enterrado. Em silêncio.

O julgamento do chamado "mensalão" não é uma farsa. Farsa é, isso sim, isolá-lo desses outros fatos todos e torná-lo único. Farsa é politizá-lo ainda mais. Farsesco é magnificá-lo, chamá-lo de "o maior julgamento na história do Brasil".

Farsa não porque esse não seja o maior julgamento da história. Farsa porque se esquecem de dizer que esse é o maior porque NÃO EXISTIRAM outros julgamentos na história do Brasil em relação a todos estes casos e tantos outros. Por isso, esse é o "maior".

Existiram, isso sempre e a cada escândalo, alianças ideológicas e empresariais na luta pelo poder. Farsa, porque ao final prevaleceu sempre, até que visse o "mensalão", o estrondoso silêncio cúmplice.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

302 Mil Fizeram Greve na Construção, Só no Primeiro Semestre


 Na construção civil, 302 mil fizeram greve no primeiro semestre

Balanço da Fenatracop mostra que, em agosto,51 mil decretaram paralisações e ainda estão em greve

São Paulo – A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Fenatracop) divulgou hoje (23) balanço dando conta que 302.600 operários do setor de infraestrutura e da construção em geral estiveram em greve no primeiro semestre do ano em 20 dos 27 estados brasileiros. Em agosto, 51 mil decretaram paralisações e ainda estão em greve nas obras de construção da Refinaria Abreu e Lima, e no Complexo Petroquímico de Suape, em Pernambuco.  
O presidente da entidade, Wilmar Gomes dos Santos, afirma que motivam esses movimentos a fragilidade das relações do trabalho "justamente em um setor que responde por 9,2% na composição do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o IBGE". "Os trabalhadores estão expostos constantemente à precariedade nos canteiros de obras, desigualdades salariais regionais e ausência de perspectiva de melhores condições de vida", diz. 
        De acordo com o levantamento, as greves estão concentradas nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – construção, montagem industrial e óleo e gás, preponderantemente nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste.
         As paralisações ocorrem onde os salários, o pacote de benefícios e as condições de trabalho são os piores. Os pisos salariais do Norte, Nordeste e no Centro-Oeste são perto de 30% menores que os do Centro Sul, assim como as médias dos demais salários e benefícios.
         Segundo a Fenatracop, os movimentos mais expressivos ocorreram nas obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, tendo como consequência incêndio nos alojamentos e até prisões de funcionários. Os acontecimentos levarão o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) a ser convocada a prestar depoimento aos deputados na CPI do Tráfico de Pessoas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Movimento de Lutas Populares, Contribui com a Luta dos Trabalhadores de SUAPE

Rádio Jornal 

Saiba quem está por trás da mobilização que paralisou as obras da Refinaria Suape

Do Redator de Plantão
Atualizada às 10h43

     A crise não é recente – no ano passado, a campanha salarial também teve confusão e clima tenso. Um operário chegou a ser baleado no rosto e outros trabalhadores dizem ter sido ameaçados de morte. Este ano, quatro ônibus do transporte de funcionários foram incendiados durante os protestos.
     A paralisação das atividades no Complexo Industrial de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife, teve início no dia 1º de agosto. Parte dos operários da construção pesada não aceita o acordo firmado entre o Sindicato Sintepav e o patronato.
     O movimento de lutas populares faz duras criticas a atuação da entidade que é vinculada a força sindical. O coordenador geral do MLP, Antônio Ramos, afirma que a base não quer mais ser representada pelo Sintepav:

     A justiça decretou a ilegalidade do protesto e autorizou o desconto dos dias parados nos salários. O Sintepav negociou um acordo com o patronato e parte da punição seria aplicada no ato da rescisão de contrato.
    Os mais de 50 mil trabalhadores não retornaram ao batente – o que deve se repetir nesta segunda-feira (20). Enquanto isso, os prejuízos com a greve na Refinaria e na Petroquímica Suape ultrapassam os R$ 50 milhões. O secretário das relações de trabalho do ministério já está em Pernambuco para negociar um acordo.
     Procurado pela reportagem, o Sintepav diz não ter participado neste domingo (19) de qualquer encontro com Manoel Messias. O representante do governo federal promete ouvir todas as partes envolvidas no impasse em Suape. Antônio Ramos, coordenador do movimento de lutas populares, defende a convocação da federação nacional da construção pesada:


     A repórter Karoline Fernandes, da Rádio JC/CBN, esteve, na manhã desta segunda-feira (20), na Refinaria Suape, no Cabo, onde conversou com os trabalhadores, que iniciaram a semana com cartas de demissão nas mão e nenhuma intenção de trabalho sem resolução dos problemas trabalhistas que vem sendo enfrenteados.

Demissão em Massa em SUAPE

Confusão em Suape

Funcionários de Suape demitidos por justa causa

A empresa alegou que os trabalhadores deveriam ter voltado ao trabalho na semana passada, mas, como não voltaram, estavam demitidos

Trabalhadores mostram a carta de demissão entregue pelo Consórcio Ipojuca / Foto: Adriana Guarda/JC

Trabalhadores mostram a carta de demissão entregue pelo Consórcio Ipojuca

Foto: Adriana Guarda/JC

O clima de indignação e revolta volta a tomar conta de parte dos funcionários do Complexo de Suape. Uma parte dos trabalhadores do Consórcio Ipojuca Interligações, ao chegar para trabalhar, na manhã desta segunda-feira (20), foram informados que estavam demitidos por justa causa. A empresa alegou que os trabalhadores deveriam ter voltado ao trabalho na semana passada, mas, como não voltaram, estavam demitidos.

A notícia da demissão revoltou quem estava em Suape. Os trabalhadores alegam que não compareceram ao trabalho na semana passada porque a própria empresa não disponibilizou ônibus para o deslocamento até o trabalho.
Com a notícia da demissão, muitos trabalhadores passaram mal. Alguns chegaram a desmaiar. Apesar do clima tenso, não houve registro de confusão, pelo menos por enquanto. A Petrobras colocou pelo menos 20 seguranças no Consórcio, para evitar confusões.
O Consórcio Ipojuca Interligações é o segundo maior do Complexo de Suape.

Fonte: JC

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Greve de SUAPE: Governo Federal vai Entrar na Negociação

Greve

Governo federal vai entrar em cena para apaziguar negociações em Suape 


A comissão tripartite com Gilberto Carvalho foi formada em março de 2011 
para resolver os problemas nas obras do PAC

        O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, convocou para logo mais às 9h, em Brasília, uma reunião tripartite envolvendo a União, as empresas e as centrais sindicais.


       Os trabalhadores estão de braços cruzados há 17 dias e só aceitam voltar retomar as atividades depois que patrões abonarem 100% dos dias parados
Agora é o governo federal quem vai entrar em cena para tentar por um fim à paralisação dos cerca de 50 mil operários das obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape, em Ipojuca. O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, convocou para logo mais às 9h, em Brasília, uma reunião tripartite envolvendo a União, as empresas e as centrais sindicais. Os trabalhadores estão de braços cruzados há 17 dias e só aceitam voltar retomar as atividades depois que patrões abonarem 100% dos dias parados.

        Segundo a advogada do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Margareth Rubem, as empresas esgotaram todas as possibilidades de negociação. “Fizemos um acordo para abonar 70% dos dias parados, sem desconto da PLR (participação nos lucros e resultados) e da cesta básica, mesmo assim eles não retornaram”, diz Margareth. A greve foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e também ocorreram tentativas de conciliação por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT-PE).

       A comissão tripartite com Gilberto Carvalho foi formada em março de 2011 para resolver os problemas nas obras do PAC
A comissão tripartite foi formada em março de 2011 para resolver os problemas nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na época, havia paralisações nos canteiros de obras das usinas Jirau e Santo Antônio (RO), na hidrelétrica de São Domingos (MS), nos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), além de parte do programa Minha Casa, Minha Vida, no Maranhão.

        Ontem, os operários decidiram paralisar novamente as operações em protesto contra o abono de apenas 70% dos dias parados. Para eles, o abono deve ser de 100% e propõem trabalhar um sábado para adiantar os serviços que ficaram suspensos desde o início do mês, proposta que foi entregue à classe patronal. A categoria deve voltar aos seus postos nesta sexta-feira (17), continuando, porém, com a operação “braços cruzados”. “A operação vai continuar, mas pode ser cancelada a qualquer momento”, afirma Luís Henrique Vinagre, soldador e representante da comissão formada para negociar o fim da greve.

        De acordo com Amarildo Lima, mecânico montador e também representante da comissão de negociação, os trabalhadores não aceitaram a proposta que daria abono de 100% para os funcionários que permanecerem nas empresas até dezembro de 2012. “Nesse caso, quem fosse demitido antes teria 32 horas descontadas. Como a rotatividade é grande nos canteiros, as pessoas querem abono para todos”, explicou. Segundo ele, os funcionários não questionam mais o acordo coletivo que determina reajuste de 10,5%, mais vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial entre funcionários de empresas diferentes que realizam as mesmas funções.

        Na manhã de ontem, o clima de tensão causado pela operação “braços cruzados” foi agravado por boatos de que uma bomba caseira teria sido colocada num ônibus da Alusa Engenharia. Outra informação relatava que um dos vestiários do canteiro de obras da refinaria foi incendiado. A Polícia Militar teria sido chamada para controlar possíveis tumultos. Os trabalhadores também reclamam das possíveis demissões que teriam acontecendo no início do expediente.

Fonte: DP

OPINIÃO DESTE BLOG: sigaesquerda.blogspot.com
       O Governo Federal vai Entrar nas Negociações Afim de Apaziguar os Animos em SUAPE.
As negociações serão conduzidas pela Comissão Tripartite, criada em 2011, para resolver problemas nas obras do PAC. A exemplo de Gira e Suape, onde os conflitos acontecem inevitavelmente devido aos altos indíces de contradições entre o capital e trabalho. 
       O Secretário Geral da Presidencia, Gilberto Carvalho irá se reunir logo mais às 9h. Com as Centrais Sindicais e representantes dos trabalhadores e patronalafim de resolver o problema. A Greve de Suape já dura 17 dias e continua sem avanços. Acredito que dessa vez com a colaboração do Sec. Geral da Presidencia, as coisas irão caminhar pois, Gilberto Carvalho tem a confiança não só da Presidência da República mas também da representação dos trabalhadores.

Aguardamos esperançosos pelo sucesso dessa negociação,

Movimento de Lutas Populares - MLP


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Trabalhadores de SUAPE recusam Proposta do Sintepav PE e Patrões




Mais uma vez os trabalhadores de Suape dizem não a proposta do Sintepav PE e Patrões.

         Após reunião ontem à tarde ( 16/8 ) com o Sindicato patronal o SINICON, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada – Sintepav – PE, chegaram com uma proposta que desagradou a maioria dos trabalhadores. O acordo fechado entre o Sintepav e os patrões e sem a participação e consulta dos trabalhadores, previa o abono de 70% dos dias parados, dois dias serão compensados no próximo sábado, com oito horas de trabalho e as 32 horas restantes serão descontadas na rescisão para os operários que forem demitidos até 31 de dezembro deste ano.
         Além de não contemplar a categoria que mais uma vez dizem não, a proposta dos Patrões, os operários contestam a forma como esta sendo conduzido todo o processo, onde eles não são consultados, pois não existe assembléia para debater as propostas relacionadas e muito menos para sugerir novas propostas como é comum acontecer em qualquer assembléia de qualquer categoria. Os trabalhadores ficam sabendo dos acordos através de panfletos mal redigidos e entregues por pessoas pagas e estranhas a categoria e com a presença de viaturas de polícia, como se fossem marginais.

Operários só Querem Respeito e Dignidade para Trabalhar

                                     
         Diante de tanta falta de compromisso e omissão, promovido pela diretoria do sindicato e pelos patrões, os trabalhadores sofrem, pois não conseguem ter uma campanha salarial decente e são obrigados a cruzar os braços e lutar por seus direitos e assim mesmo são acusados pelos “representantes” do sindicato que deveriam os defender contra tudo e contra todos, de marginais. Esquecem a pauta de reivindicação dos trabalhadores, para passar a atender a vontade dos patrões e chegam ao ponto de defender que os operários trabalhem alguns dias,  desconto de parte dos dias trabalhados, além de desconto no ato da rescisão, uma vergonha sem tamanho. 
         Tudo isso junto com a ameaça constante das demissões em massa, que vem tirando o sono dos milhares de trabalhadores que contribuem diretamente no crescimento de nosso estado e influenciam a nossa economia, pois a construção civil e pesada estão entre os principais ramos que alavancam o estado de Pernambuco.  
          Esperamos portanto, que esses verdadeiros heróis, capazes de transformar locais desertos e áreas onde antes eram canaviais, em progresso para o nosso estado e riquezas para o nosso país, não sejam esquecidos em mais uma rodada de negociação que mais parecem um balcão de negócios e de toma lá, dá cá.
          Talvez a saída seja mais uma vez, convocar os representantes da Federação dos Trabalhadores da Construção Pesada – FENATRACOP, para participar das rodadas de negociação, como ocorreu no início do ano passado, logo após a Diretoria do Sintepav PE, ter perdido o controle da assembléia no portão 2 da Refinaria Abreu e Lima e disparado vários tiros contra os trabalhadores, ferindo o operário Tiago Ramos no rosto.
           Foi o momento onde a categoria recebeu o melhor reajuste de sua história, dobrou o valor da cesta básica de R$ 80 para R$ 160 e 100% aos sábados e 11% na data base. Cabe agora, aos responsáveis do Ministério do trabalho e Ministério Público do Trabalho se posicionar a respeito do assunto, pois não devemos esperar que centenas de trabalhadores percam seus empregos ou mesmo se machuquem, ou até mesmo algo mais sério nos enfrentamentos promovidos dentro das obras com a polícia.    

           O Momento é de Reflexão e de Decisões Acertadas!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

15º Dia de Greve na PetroquÍmica e Refinaria de SUAPE

Greve em Suape chega ao 15º dia sem avanços nas negociações  



Funcionários são contra o acordo que garante reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial  (Teresa Maia/DP/D.A Press)
        Embora as empresas tenham garantido o pagamento da quinzenaa parte dos operários nesta quarta-feira (15), não houve avanços com relação ao abono de 100% dos dias parados


       Funcionários são contra o acordo que garante reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial
       Quinze dias de greve, muita confusão, prejuízos milionários e nenhum acordo. Esse é o resumo da ópera que ainda rege cerca de 50 mil funcionários no canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da PetroquímicaSuape (PQS), no principal complexo industrial portuário de Pernambuco, em Ipojuca. Embora o Sindicato das Empresas da Construção Pesada (Sinicon) tenha cedido e garantido o pagamento da quinzena a parte dos operários nesta quarta-feira (15), não houve avanços com relação ao abono de 100% dos dias parados, o que determina a continuidade da paralisação.

      A informação da manutenção do movimento foi repassada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada em Pernambuco (Sintepav-PE), que recentemente mudou o discurso e passou a endurecer na negociação com as empresas. A reportagem do Diario não conseguiu falar com o presidente da entidade, Aldo Amaral, mas a sua assessoria comunicou o encontro que havia sido marcado para o fim do dia, na terça-feira (14), acabou sendo cancelado.

       Na semana passada, o Sintepav-PE foi acusado pelos trabalhadores de estar "do lado" das empresas. Membros do sindicato chegaram a ser apedrejados. Na última segunda (13), a entidade mudou o discurso e passou a endurecer a negociação. Panfletos foram distribuídos no canteiro de obras, orientando os trabalhadores a baterem o ponto e cruzarem os braços.  Vale lembrar que a greve foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, no dia 7 deste mês.

Histórico
        O movimento grevista nos canteiros de obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape começou oficialmente no último dia 1º de agosto, pela discordância em relação ao acordo coletivo aprovado em assembleia no dia 27 de julho. Neste acordo, ficou estabelecido reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial entre funcionários de mesma função trabalhando em empresas diferentes, entre outros pontos negociados.

       Pelo acordo, algumas funções receberiam até 40% de reajuste (devido à equiparação salarial). Mesmo com a aprovação em assembleia, um grupo de trabalhadores insatisfeitos mobilizou através de panfletos anônimos a greve, que culminou num conflito violento (com incêndio de quatro ônibus e apedrejamento do carro do Sintepav) no dia 8 de agosto. A polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral para conter o protesto.

      Após o incidente, o Sinicon, o Sintepav e presidente da Força Sindical, Miguel Torres, juntamente com um representante da Petrobras, pediram ao governo do estado que garantisse maior policiamento ao complexo.

Fonte: DP

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aniversário de 86 anos do Comandantíssimo Fídel Castro



SERENATA DA FIDELIDADE NO ANIVERSÁRIO DE FIDEL
“ IRMÃO DA HUMANIDADE”

        Aconteceu de ontem  ( 12 /8 ) para hoje 13, no Teatro Karl Marx em Havana, a Serenata da Fidelidade em homenagem ao 86º Aniversário do Comandantíssimo Fidel Castro Ruiz. Vários artistas participam das comemorações ao líder da Revolução cubana. O evento e organizado pela Fundación Guayasamín, participam artistas de vários paises como: Argentina, Bulgaria, Chile, Equador, Paraguay, Perú, Uruguay, Venezuela e Cuba,  todos convocado teleSUR, Maylín Alonso, dijo  que esta es la cuarta oportunidad que la Fundación Guayasamín organiza las celebraciones por el aniversario del líder de la Revolución cubana, Fidel Castro. São os músicos Daniel Viglietti, de Uruguay; Liliana Herrero y Raly Barrionuevo, de Argentina; Ricardo Flecha, de Paraguay; Francisco Villa, de Chile; Marisela Pérez Silva, de Perú y Omara Portuondo, Raúl Torres y el dúo Buena Fe, de Cuba.

             O Cantor Uruguaio, Daniel Viglietti, destacou que para todos os músicos que realizaram essa serenata o dia 13 de agosto tem um significado muito especial por estarem homenageando “um homem que dedicou a sua vida a um povo, e a uma revolução”.

VIVA FÍDEL E A REVULUÇÃO CUBANA!
86 ANOS A SERVIÇO DA HUMANIDADE!

Veja & Cachoeira

Velha mídia: o Triste fim de Policarpo

- por Leandro Fortes, na CartaCapital

      Na CartaCapital dessa semana há uma história dentro de uma história. A história da capa é o desfecho de uma tragédia jornalística anunciada desde que a Editora Abril decidiu, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, que a revista Veja seria transformada num panfleto ideológico da extrema-direita brasileira. Abandonado o jornalismo, sobreveio a dedicação quase que exclusiva ao banditismo e ao exercício semanal de desonestidade intelectual. O resultado é o que se lê, agora, em CartaCapital: Veja era um dos pilares do esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira. O outro era o ex-senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Sem a semanal da Abril, não haveria Cachoeira. Sem Cachoeira, não haveria essa formidável máquina de assassinar reputações recheada de publicidade, inclusive oficial.

    A outra história é a de um jornalista, Policarpo Jr., que abandonou uma carreira de bom repórter para se subordinar ao que talvez tenha imaginado ser uma carreira brilhante na empresa onde foi praticamente criado. Ao se subordinar a Carlinhos Cachoeira, muitas vezes de forma incompreensível para um profissional de larga experiência, Policarpo criou na sucursal da Veja, em Brasília, um núcleo experimental do que pior se pode fazer no jornalismo. Em certo momento, instigou um jovem repórter, um garoto de apenas 23 anos, a invadir o quarto do ex-ministro José Dirceu, no Hotel Nahoum, na capital federal. Esse ato de irresponsabilidade e vandalismo, ainda obscuro no campo das intenções, foi a primeira exalação de mau cheiro desse esgoto transformado em rotina, perceptível até mesmo para quem, em nome das próprias convicções políticas, mantém-se fiel à Veja, como quem se agarra a um tronco podre na esperança de não naufragar.

       A compilação e análise dos dados produzidos pela Polícia Federal em duas operações – Vegas, em 2009, e Monte Carlos, em 2012 – demonstram, agora, a seriedade dessa autodesconstrução midiática centrada na Veja, mas seguida em muitos níveis pelo resto da chamada “grande” imprensa brasileira, notadamente as Organizações Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e alguns substratos regionais de menor monta. Ao se colocar, veladamente, como grupo de ação partidária de oposição, esse setor da mídia contaminou a própria estrutura de produção de notícias, gerou uma miríade de colunistas-papagaios, a repetir as frases que lhes são sopradas dos aquários das redações, e talvez tenha provocado um dano geracional de longo prazo, a consequência mais triste: o péssimo exemplo aos novos repórteres de que jornalismo é um vale tudo, a arte da bajulação calculada, um ofício servil e de remuneração vinculada aos interesses do patrão.

        A Operação Vegas, vale lembrar, foi escondida pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel, este mesmo que por ora acusa mensaleiros no STF com base em uma denúncia basicamente moldada sobre os clichês da mídia, em especial, desta Veja sobre a qual sabemos, agora, que tipo de fontes frequentava. Na Vegas, a PF havia detecdado não somente a participação de Demóstenes Torres na quadrilha, mas também de Policarpo Jr. e da Veja. Essa informação abre uma nova perspectiva a ser explorada pela CPI do Cachoeira, resta saber se vai haver coragem para tal.

       Há três meses, representantes das Organizações Globo e da Editora Abril fecharam um sórdido armistício com Michel Temer, vice-presidente da República e cacique-mor do PMDB. Pelo acordo, o noticiário daria um descanso para Dilma Rousseff em troca de jamais, em hipótese alguma, a CPI do Cachoeira convocar Policarpo Jr., ou gente maior, como Roberto Civita, dono da Abril. A fachada para essa negociata foi, como de costume, as bandeiras das liberdades de imprensa e de expressão, dois conceitos deliberadamente manipulados pela mídia para que não se compreenda nem um nem outro.

        No dia 14 de agosto, terça-feira que vem, o deputado Dr. Rosinha irá ao plenário da CPI apresentar um requerimento de convocação do jornalista Policarpo Jr.. É possível, no mundo irrreal criado pela mídia e onde vivem nossos piores parlamentares, que o requerimento caia, justamente por conta do bloqueio do PMDB e dos votos dessa oposição undenista sem qualquer compromisso com a moral nem o interesse público.

        Será uma chance de ouro de todos nós percebermos, enfim, quem é quem naquela comissão.

Fonte: Blog Tudo em Cima

sábado, 11 de agosto de 2012

11 DE AGOSTO DIA DO ESTUDANTE


VIVA O 11 DE AGOSTO DIA DO ESTUDANTE

DIA DE COMEMORAÇÃO E REFLEXÃO

 O dia 11 de agosto é lembrado em todo o país como o dia do estudante, mas a juventude brasileira não tem muito o que comemorar, quando o assunto é educação, são inúmeros os problemas que os jovens estudantes enfrentam nas escolas normal, técnicas, cursos e universidades, dificultando dessa forma a conclusão do ensino médio tornando o sonho do diploma cada vez mais difícil. Não bastasse a falta de investimento de verdade, as estruturas das unidades de educação também não oferecem condições de aprendizado, pois, sem cadeiras confortáveis, laboratórios equipados, alimentação, material didático e professores bem remunerado não há clima de aprendizado e sim de esquema para passar de ano.    
E ao invés do Governo Federal, pensar em resolver os problemas de infra-estrutura e investir em educação em todos os níveis a partir do primário até o ensino superior, passando pela valorização dos planos de cargos e carreiras dos professores, que inclusive muitos tiveram que realizar greves de mais de 50 dias em várias universidades espalhadas por todo o Brasil, preferem investir milhões de reais para comprar vagas nas faculdades privadas. Esse Dinheiro daria para dobrar o número de vagas nas Universidades Federais de todo o país. Porém, a preocupação ao que parece, esta apenas em socorrer as faculdades privadas e atender a projetos paliativos como as cotas, quando na verdade deveria garantir o livre acesso a universidade para todos, como acontece aliás  na maioria dos paises da América Latina por exemplo.
“a universidade deve pintar-se de preto, branco, índio ou o povo a invadirá e a pintará com as cores que quiser.”  ( Che Guevara )
Devemos entender que a conquista de 50% do número de vagas nas universidades públicas, para estudantes oriundos de escolas públicas é importante, mas a bandeira pela garantia de uma educação de qualidade e em todos os níveis e o livre acesso a universidade, e o investimento dos 10% do PIB para a Educação, são muito mais avançadas e que resolvem o problema de fato, além de não gerar ou estimular um verdadeiro Apartaid racial e social no país.
DEVEMOS COMEMORAR AS CONQUISTAS HISTÓRICAS E PLANEJAR AS NOVAS FORMAS DE LUTAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL
        O Movimento Estudantil, sempre deu exemplos de luta em todos os momentos de nossa história, na consolidação da república, na luta contra a Ditadura Militar, no fora Collor, pelas Diretas Já no processo da construção de nossa democracia. Os jovens brasileiros nunca fugiram da luta, pelo contrário, sempre estiveram na linha de frente de todas a lutas de nosso país, como por exemplo na Campanha O Petróleo é Nosso.
         Nos dias de hoje, onde uma aparente calmaria camufla os vários problemas sociais a que passamos não só na educação, mas também nas áreas da saúde, saneamento, habitação, desemprego e muitos brasileiros vivem na miséria e não tem o que comer, apesar de todas as propagandas e planos assistencialistas dos governos. O movimento estudantil tem um papel fundamental e por que não dizer necessário no processo de conscientização e colaboração da classe trabalhadora.
        Apesar das direções pelegas e chapa branca, tanto na União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – Ubes, quanto na União Nacional dos Estudantes – UNE, os jovens devem se organizar nas entidades estudantis, assim como Grêmios livres, DA’s, DCE’s, para dessa forma aumentar as mobilizações e empunhar novas formas de luta mais acessíveis aos jovens como: O esporte, cultura, lazer e através das redes sociais, além é claro das velhas e atuais mobilizações de rua onde os jovens se educam para o trabalho do dia a dia.  
        A bravura e coragem dos jovens que lutaram e foram capazes de entregar até a sua própria vida, para derrotar a Ditadura Militar no período mais devasto e corrupto de nossa história. Devem impulsionar e motivar as futuras gerações que trazem com sigo uma enorme disposição de luta, aliada a uma grandiosa capacidade e coragem, tudo isso recheado com um espírito natural de trazer sempre consigo o novo.

SE O PRESENTE É DE LUTAS, O FUTURO NOS PERTENCE!

Antonio Ramos                                                                                                         Ex - Presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco – UESPE   e          Ex 1º Presidente da união dos Estudantes Secundaristas de Jaboatão – UESJ.


Como nasceu o dia do Estudante
No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima.

          Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.

          Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Empreiterias Apresentam como Proposta Migalhas em Suape


Empreiteiras da refinaria e da petroquímica flexibilizam punições e esperam retorno ao trabalho na segunda-feira Dias parados só serão descontados na rescisão contratual e não haverá desconto da PLR nem da cesta básica referente a esses dias

Micheline Batista

Além do retorno ao trabalho no início da semana, os patrões também exigem que os operários não façam novas greves ilegais (Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)
Além do retorno ao trabalho no início da semana, os patrões também exigem que os operários não façam novas greves ilegais
As empreiteiras responsáveis pelas obras da Refinaria Abreu e Lima e PetroquímicaSuape decidiram flexibilizar as punições aos trabalhadores que entraram em greve para que eles retornem ao trabalho a partir de segunda-feira (13). Agora, os dias parados só serão descontados na rescisão contratual e não vai haver desconto da participação de lucros e resultados (PLR) nem da cesta básica referente a esses dias.

“As empresas entenderam que essa greve não é feita pela maioria dos trabalhadores e decidiram flexibilizar esses pontos, apesar da greve ter sido decretada ilegal e a Justiça ter determinado o desconto dos dias parados”, disse a advogada do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Margareth Rubem.

Segundo ela, os trabalhadores serão comunicados da decisão pelas próprias empresas durante o fim de semana e na segunda-feira. Além do retorno ao trabalho no início da semana, os patrões também exigem que os operários não façam novas greves ilegais e abusivas até a próxima data-base da categoria, que é 1º de agosto. Já o adiantamento quinzenal, diz Margareth, só será pago no dia próximo dia 20 por causa das dificuldades no processamento da folha durante os dias de conflito.

Nesta sexta-feira (10), o clima ainda era de tensão no Complexo Industrial Portuário de Suape. Após a entrada tranquila no início da amanhã, um grupo de trabalhadores começou a questionar o desconto dos dias parados durante a greve e o pagamento das cestas básicas. De acordo com o Sinicon, houve um início de quebra-queda e ameça de incendiar os ônibus dos engenheiros. Por precaução, as empresas liberaram os funcionários.

Fonte: DP

Trabalhadores de Suape Continuam de Greve

                  Clima de tensão faz empresas liberarem trabalhadores novamente Segundo empresas, houve ameaça de incendiar ônibus e questionamento sobre desconto dos dias parados e cesta básica. Medo de conflito fez chefias optarem por encerrar expediente




Juliana Cavalcanti - Diario de Pernambuco



O que parecia ser a retomada de mais um dia de trabalho se transformou em mais um dia de tensão na obra da Refinaria Abreu e Lima. Após a entrada tranquila no início da manhã, um grupo de trabalhadores começou a questionar o desconto dos dias parados durante a greve e o pagamento das cestas básicas, o que fez retornar a tensão no local. Neste momento, os trabalhadores estão sendo liberados pelas chefias, segundo o Sindicato da Indústria Nacional da Construção Pesada (Sinicon), devido ao medo das chefias de que algo mais grave aconteça.



"Houve um início de quebra-quebra e ameaça de incendiar os ônibus dos engenheiros. Para preservar a integridade dos trabalhadores, as empresas decidiram liberar os funcionários, que neste momento estão voltando para casa", explicou Margareth Rubem, advogada do Sinicon, que neste momento se prepara para entrar em reunião com os representantes das empreiteiras responsáveis pela obra, para decidir que posicionamento será tomado.

O retorno dos trabalhadores à obra deveria ter acontecido desde a última quarta-feira, depois que a Justiça do Trabalho decretou a ilegalidade da greve iniciada oficialmente no dia 1º de agosto.

No entanto, após assembléia que comunicou a decisão judicial, um grupo de descontentes iniciou protesto que terminou com quatro ônibus incendiados e apedrejamento do carro de som do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada (Sintepav). A polícia precisou agir para conter a manifestação e chegou a utilizar balas de borracha e bombas de efeito moral.

Ontem (quinta, 09/08), o que impediu o reinício das atividades foi uma paralisação dos motoristas – com receio de novos protestos e reclamando falta de segurança. Menos de 50% dos funcionários da obra da refinaria compareceram, sendo liberados em seguida devido ao clima tenso no local. À tarde, foi a vez dos operários da Petroquímica Suape serem dispensados, depois de várias pessoas receberem telefonemas com ameaças de apedrejamento dos ônibus no fim do turno.

O que está em jogo?
A contribuição sindical dos cerca de 50 mil trabalhadores da construção pesada seria um dos motivos de uma disputa que tem gerado os conflitos nas negociações trabalhistas, como mostra matéria da repórter Micheline Batista, hoje, no Diario de Pernambuco (para assinantes). Em um ano, as contribuições totalizam aproximadamente R$ 3,6 milhões.

Para o professor do Centro de Educação da Universidade de Pernambuco, Daniel Rodrigues, em entrevista ao Diario desta sexta, o problema é típico de obras que mobilizam grandes contingentes de trabalhadores. Leia entrevista completa na edição de Economia do Diario (para assinantes).

Fonte: DP

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Trabalhadores da Arena Pernambuco Reivindicam Melhorias


                 Trabalhadores da Arena da Copa entram em confronto com a Polícia Militar

                                                           
Foto: JC Imagem/Arquivo

        Os trabalhadores da Arena da Copa, em São Lourenço da Mata, entraram em confronto com a Polícia Militar na manhã desta quinta-feira (9) e o clima no local é de tensão.

        Os problemas nas obras começaram na terça-feira (7), quando os 4 mil trabalhadores cruzaram os braços durante o turno da manhã. Ainda na terça, eles se comprometeram a voltar a trabalhar na quarta (8), mas nesta quinta voltaram a reivindicar por mais folgas e um reajuste salarial.

Fonte JC On Line.

Opinião desse Blog:

TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO PESADA DE PERNAMBUCO
SOFREM COM FALTA DE COMPROMISSO DO SINDICATO 

            Mais uma vez, vemos os operários pagando pela falta de compromisso por parte da atual diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada - Sintepav PE. A exemplo do que vem ocorendo em Suape, Transnordestina, Transposição e demais obras de grande porte de nosso estado o que ocorre com os trabalhadores da Arena PE é consequencia do descaso e desmando, além da entrega de direitos dos trabalhadores por parte do Sindicato. 
             Ao contrário do que vem acontecendo nos demais estados que tem obras do mesmo porte, como as de Refinaria e construção de Estádios para a Copa de 2014, em Pernambuco os acordos nunca favorecem a categoria, para se ter uma idéia, um dos melhores acordos fechados por aqui foi depois que a categoria realizou uma vitóriosa greve que durou quase 20 dias contra a vontade de seus "representantes" com o apoio da Federação Nacional da Categoria ( FENATRACOP ) e conseguindo dessa forma 11% de aumento e dobrar o valor da cesta básica de 80 para 160 reais. 
           Os trabalhadores da Arena, lutam a bastante tempo por melhorias pois, dentre os operários da categoria são os que ganham menos e trabalham mais e quando a comparação é feita com os trabalhadores a nível nacional a desparidade só aumenta. Por isso essa situação deplorável e insuportável que chegamos no dia de hoje, pais de família que contribuem com o crescimento de nosso estado e país, tem que paralizar suas funções para defender o seu salário digno, pelo simples dever de ter os seus direitos respeitados. 
               Enquanto o Governo Estadual, gasta milhões em propaganda para anúnciar um verdadeiro oasis no meio do deserto, com Suape e a vitória dos pernambucanos, por sediar uma Copa do Mundo e a Odebrecht, ganha lucros fabulosos na história da construção do Brasil, os operários do outro lado sofrem com baixos salários e tem que trabalhar escoltados pela polícia.
                                        CHEGA! JÁ É HORA DE MUDAR ESSA REALIDADE      
                                   TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO MERECE RESPEITO
                                                    
               Os operários da construção de Pernambuco estão ensinando uma lição a todos aqueles que pensam que podem roubar os seus direitos e ficar impunes. Hoje realizam greves contra a vontade de seus "representantes" amanhã se organizam e substituem todos os traidores e colocam no lugar uma diretoria séria e comprometida com a luta e respeitando o direito dos trabalhadores.


         
              

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Assembleia de Trabalhadores de Suape Termina em Quebra-quebra

Suape »

Assembleia de trabalhadores da refinaria termina em quebra-quebra Grupo que discordou da ilegalidade da greve iniciou protestos, queimando ônibus e atirando pedras. Batalhão de Choque atuou para conter manifestação
                                                                          
Juliana Cavalcanti

 A assembléia dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Industrial Portuário de Suape, terminou em confusão e quebra-quebra. Indignados com a decisão da justiça de determinar a ilegalidade da greve iniciada na semana passada, um grupo de trabalhadores iniciou um quebra-quebra, que resultou em quatro ônibus queimados e em pedras atiradas contra o carro de som do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada (Sintepav).

          O Batalhão de Choque da Polícia Militar, que acompanhava a mobilização desde o início da manhã, teve que agir para conter os protestos – inclusive utilizando bombas de efeito moral. Neste momento, a situação está sendo controlada, segundo informações do Sintepav.

          Ao todo, cerca de 50 mil trabalhadores atuam na obra da refinaria, contratados pelas várias empreiteiras responsáveis pelo projeto. A greve foi iniciada na última semana, após parte dos operários discordar do acordo coletivo assinado no dia 27 de julho, aprovado após assembléia promovida pelo Sintepav.

         Neste acordo, ficou acertado reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e abono dos dias parados durante a mobilização de 27 a 30 de junho, além de equiparação salarial entre funcionários com atividades semelhantes, exercidas em diferentes empresas.
Na mobilização que resultou em greve, os trabalhadores pediam um reajuste de 15%. A paralisação da obra da refinaria foi iniciada oficialmente no dia 1º de agosto. Pela decisão da Justiça, a greve foi considerada ilegal e os operários terão descontados os dias parados.

          O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) vai comunicar à Justiça do Trabalho que as atividades na obra não foram retomadas hoje, como determinava a decisão judicial. “Não temos como avaliar se o que aconteceu hoje é fruto de uma mobilização maior ou ação de um grupo isolado. Esperamos que os trabalhadores retornem, pois o acordo coletivo foi negociado e agora também há a decisão judicial”, considerou Margareth Rubem, advogada do Sinicon.

O Sintepav deve divulgar uma nota oficial ainda esta manhã sobre os últimos acontecimentos.

Fonte: Diário de Pernambuco

terça-feira, 7 de agosto de 2012

GREVE EM SUAPE É CONSIDERADA ABUSIVA PELA JUSTIÇA DO TRABALHO


GREVE EM SUAPE É CONSIDERADA ABUSIVA PELA JUSTIÇA DO TRABALHO

PORÉM : NADA FALAM SOBRE OS DESVIOS DE FUNÇÃO, DESCONTO ILEGAL DO SALÁRIO PELAS EMPRESAS PARA O SINDICATO E NÃO PAGAMENTO DE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE DE 30% PARA OS TRABALHADORES

          Os cerca de 44 mil operários de Suape, decidiram por cruzar os braços e paralisar os trabalhos em todo o complexo, no último dia 01/8, por ficar indignados com a tentativa de manobra, promovida pela atual diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada - SINTEPAV-PE. Após a Assembléia de sexta-feira 27/7, onde os trabalhadores haviam rejeitado em assembléia da categoria a proposta dos patrões apresentada pela diretoria do Sintepav-PE, de 7%. Os trabalhadores em sua maioria já haviam se retirado uma parte para sair em folga de campo ( os que moram em outros estados )  e a outra parcela para receber o salário,  por isso desconhecia qualquer acordo de 10,5%. 
         Para a surpresa dos mais de 44 mil trabalhadores contratados por diferentes construtoras responsáveis pelas obras do empreendimento, quando retornaram ao trabalho no dia 1º souberam que o acordo já havia sido aprovado e assinado com a patronal. Foi o estopim, a possibilidade de golpe na campanha salarial desse ano já havia sido denunciada por alguns representantes dos trabalhadores. Durante a mobilização dentro da refinaria houve um tumulto generalizado, pois alguns representantes do Sindicato tentavam fazer com que os operários seguissem ao local de trabalho, mas prevaleceu a vontade da maioria que convenceu aos demais funcionários a aderir à mobilização. 
       Os trabalhadores em Assembléia realizada na manhã do dia 02/8, aprovaram a anulação da proposta do sindicato de 10,5%, abono dos dias parados e uma nova proposta de 15% em que a diretoria do Sintepav-PE se comprometeu a apresentar aos patrões representados pelo Sinicon e participar de uma nova Assembléia marcada para a próxima quarta-feira 8 de agosto. Acontece que os diretores do sindicato mais uma vez não cumprem o acordado e escondem a proposta dos trabalhadores tirada em assembléia do dia 02/8.
         Hoje 07/8,  foi julgada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região a abusividade da greve iniciada em 1º de agosto por trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape, o tribunal decidiu julgar como procedente o pedido de abusividade apresentado pelo sindicato patronal. E os trabalhadores deverão voltar ao trabalho após a assembléia, além de ter os dias de paralisação descontados .
Apesar das várias denúncias de desvio de função, não pagamento de adicional de periculosidade, desconto ilegal no salário dos trabalhadores pelas empresas para dar ao sindicato o Ministério Público do Trabalho da 6ª Região e Ministério do Trabalho não tomam nenhuma decisão, algumas denúncia já fizeram aniversário e apesar de esdrúxulas ainda se encontram sem solução. Mas é só os trabalhadores parar as suas funções, para denunciar uma tentativa clara de golpe, que logo os patrões pressionam e cobram atitudes imediatas para “resolver” o problema. 
         
         Não podemos admitir, que os trabalhadores sofram ainda mais com tanto descaso e omissão por parte de quem deveria os representar. E pior ainda, que sejam penalizados em conseqüência dos acordos e negociações estranhas à vontade da maioria da categoria. E o pior é que ainda querem que os operários aceitem tamanhas aberrações e verdadeiros ataques a seus direitos, calados e sem fazer nada.
         A responsabilidade de todos os transtornos até hoje, pertencem unicamente a estes falsos representantes da categoria, cujo o compromisso passa longe dos interesses dos trabalhadores. Podemos pensar daqui pra frente, em como resolver problemas que há muito vem se arrastando e penalizando a maioria dos trabalhadores e que hoje inevitavelmente precisam de mais atenção, como: os desvios de função, adicional de periculosidade de 30% e fim do desconto indevido pelas empresas, ou veremos a curto e médio prazo de maneira espontânea e inevitável, os trabalhadores tomando iniciativa de parar as suas funções por não agüentarem mais tanto descaso. 

 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Trabalhadores de Suape Fazem Greve Contra Patrões e Sindicato

                          

                                     TRABALHADORES DE SUAPE ENTRAM EM GREVE


               Os cerca de 44 mil operários de Suape, decidiram por cruzar os braços e paralizar os trabalhos em todo o complexo, na manhã de ontem 01/8, indignados com a tentativa de manobra, promovida pela atual diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada - SINTEPAV-PE. Após a Assembléia de sexta-feira 27/7, onde os trabalhadores haviam rejeitado em assembléia da categoria a proposta dos patrões apresentada pela diretoria do Sintepav-PE, de 7%. Os trabalhadores em sua maioria já haviam se retirado uma parte para sair em folga de campo ( os que moram em outros estados )  e a outra parcela para receber o salário,  quando foiaprovada uma proposta que a maioria desconhecia, de 10,5%. 
         Para a surpresa dos mais de 44 mil trabalhadores contratados por diferentes construtoras responsáveis pelas obras do empreendimento, quando retornaram ao trabalho no dia 1º, souberam que o acordo já havia sido aprovado e assinado com a patronal. Foi o estopim, a possibilidade de golpe na campanha salárial desse ano já havia sido denunciada por alguns representantes dos trabalhadores e pelo Movimento de Lutas Populares - MLP. Durante a mobilização dentro da refinaria houve um tumulto generalizado, pois alguns representantes do Sindicato tentavam fazer com que os operários seguissem ao local de trabalho, mas prevaleceu a contade da maioria que convenceu aos demais funcionários a aderir à mobilização. 
                  Os trabalhadores em Assembléia realizada na manhã de hoje 02/8, aprovaram a anulação da proposta do sindicato de 10,5%, abono dos dias parados e uma nova proposta de 15% em que a diretoria do Sintepav-PE se comprometeu a apresentar aos patrões representados pelo Sinicon e participar de uma nova Assembléia marcada para a próxima quarta-feira 8 de agosto.
                      Uma vitória parcial, mas importante, agora temos que nos organizar ainda mais e exigir respeito por parte da atual diretoria do Sindicato, que deveria reivindicar melhorias para a nossa categoria ao invés de sempre esta ao lado do patrão.

A LUTA CONTINUA, FIRME E FORTE.
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!

Foto: DP