terça-feira, 19 de junho de 2012

MORTE DEFLAGRA GREVE no Complexo Industrial de SUAPE

MORTE DE OPERÁRIO DEFLAGRA GREVE DOS TRABALHADORES

DO COMPLEXO INDUSTRIAL DE SUAPE

            Os trabalhadores da PTA POY PET, no Complexo Industrial de Suape, de responsabilidade da Odebrecht, paralisaram suas atividades na manhã de ontem, segunda18/6. O motivo que levou os operários a tomar essa decisão, foi a morte do operador de maquina Jadison Raposo Leite, na semana passada 09/6, além de servir para chamar a atenção da sociedade civil para a exposição de risco e a manobra da empresa para abafar a notícia da morte do trabalhador Jadilson, e com isso encobrir os riscos e acidentes a que todos passam na obra. O governo estadual e federal, nada falam a esse respeito, só aparecem na hora de fazer propagandas milionárias das obras que representam um verdadeiro oásis no meio do deserto, com o único objetivo de ficar bem para o eleitorado nas próximas eleições.
           Enquanto isso, a revolta entre os mais de 7 mil trabalhadores é grande, pois não recebem os 30% referente ao pagamento de um adicional de periculosidade que a empresa responsável pela implantação da planta de PTA POY PET, da Petroquímica Suape, a Odebrecht Engenharia Industrial, não estaria repassando, além da morte de um companheiro de trabalho, fato que representou a gota d’agua.
            De acordo com a Odebrecht, que apresentou um laudo após uma perícia realizada a seu pedido, onde atesta que apenas parte de um grupo de eletricistas teria efetivamente direito ao adicional de periculosidade, tal fato porém, não convenceu aos trabalhadores que entendem que o direito deve ser estendido aos demais, já que todos estão suscetíveis a choques e acidentes, no local de trabalho.  
            A responsabilidade pelos acidentes e percas de direitos também passa pelas mãos da diretoria do Sindicato da categoria, que deveria representar os interesses dos trabalhadores, porém, além de não encabeçar a luta verdadeiramente pelo pagamento do adicional de periculosidade e fiscalizar melhor as obras do complexo de Suape, só aparecem quando os operários decidem por conta própria paralisar as suas funções e mesmo assim, aparecem com uma única preocupação de fazer com que os trabalhadores voltem imediatamente ao trabalho, mais parecem agentes do patrão.
             Tal falta de compromisso por parte dos empresários, sindicatos e governos, faz com que obras como a da PTA e POY PET, Refinaria Abreu e Lima, entre outras de mesmo porte espalhadas pelo Brasil, ao invés de representar melhorias e crescimento na vida do operário, acabam transformando a sua vida num pesadelo permanente, com baixos salários, péssimas condições de trabalho, condições insalubres, ameaças constantes de demissão e acidentes de trabalho. Enquanto que do outro lado, lucros exorbitantes nunca visto em nosso estado, ou seja crescimento, desenvolvimento as custas do suor e sangue da classe trabalhadora.     




Um comentário:

  1. companheiro vc que escreveu istuo ta mal informado com a verdadeira historia da paralização . aqui na obra não teve morte nenhuma e a paralização foi por causa dos 30% da eletrica

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