quarta-feira, 30 de maio de 2012

Gilmar Mendes e Veja

Gilmar Mendes & Veja: a pauta do desespero

A desfaçatez perpetrada desta vez só tem uma explicação: bateu o desespero; possivelmente, investigações da CPI tenham chegado perto demais de promover uma devassa em circuitos e métodos que remetem às entranhas da atuação de Mendes e VEJA nos últimos anos. Foram para o tudo ou nada.

- por Saul Leblon, no Blog da Frases

A revista que arrendou uma quadrilha para produzir 'flagrantes' que dessem sustentação a materias prontas contra o governo, o PT, os movimentos sociais e agendas progressistas teve a credibilidade ferida de morte com as revelações do caso Cachoeira. VEJA sangra em praça pública. Mas na edição desta semana tenta um golpe derradeiro naquela que é a sua especialidade editorial: um grande escândalo capaz de ofuscar a própria deriva. À falta dos auxilares de Cachoeira, recorreu ao ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, que assumiu a vaga dos integrantes encarcerados do bando para oferecer um 'flagrante' à corneta do conservadorismo brasileiro. Desta vez, o alvo foi o presidente Lula.

A semanal transcreve diálogos narrados por Mendes de uma inexistente conversa entre ele e o ex-presidente da República, na cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar Mendes --sempre segundo a revista-- acusa Lula de tê-lo chantageado com ofertas de 'proteção' na CPI do Cachoeira. Em troca, o amigo do peito de Demóstenes Torres, com quem já simulou uma escuta inexistente da PF (divulgada pelo indefectível Policarpo Jr, de VEJA, a farsa derrubou o diretor da ABI, Paulo Lacerda), deveria operar para postergar o julgamento do chamado 'mensalão'.

Neste sábado, Nelson Jobim, insuspeito de qualquer fidelidade à esquerda, desmentiu cabalmente a versão da revista e a do magistrado. Literalmente, em entrevista ao Estadão, Jobim disse: 'O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão; tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala (não na cozinha); o Lula saiu antes; durante todo o tempo nós ficamos juntos", reiterou.

A desfaçatez perpetrada desta vez só tem uma explicação: bateu o desespero; possivelmente, investigações da CPI tenham chegado perto demais de promover uma devassa em circuitos e métodos que remetem às entranhas da atuação de Mendes e VEJA nos últimos anos. Foram para o tudo ou nada. No esforço para mudar o foco da agenda política e criar um fato consumado capaz de precipitar o julgamento do chamado 'mensalão', jogaram alto na fabricação de uma crise política e institucional. O desmentido de Jobim nivela-os à condição dos meliantes já encarcerados do esquema Cachoeira. A Justiça pode tardar. A sentença da opinião pública não.


Merval Pereira Fala Sobre Gilmar Mentes


Transpetro Acredita na Reação do Estaleiro EAS


                                    Transpetro acredita na reação do estaleiro

         Após a suspensão 16 das 22 encomendas, o presidente da companhia Sérgio Machado falou com a imprensa e disse que o Estaleiro Atlântico Sul - EAS tem condições de obter parceiro tecnológico e com isso cumprir as exigências da Transpetro.
        A Transpetro exigiu que o EAS tenha um cronograma confiável. E isso é possível para o presidente, que também ressaltou os altos investimentos e com isso a certeza do cumprimento das exigências.
             O anúncio da quebra de contrato foi anúnciado após a entrega do maior návio para transporte de petroléo produzido no Brasil, o João Cândido.

Campanha Nacional Pelo Direito à Educação Promove Tuitaço

Plano Nacional de Educação

Participe do tuitaço pelos 10% do PIB para a educação pública
Amanhã, dia 29 de maio, terá início a votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que determinará as diretrizes, metas e estratégias educacionais para os próximos dez anos. Um dos pontos mais debatidos do novo PNE é a meta 20, que trata dos investimentos a serem feitos pelos governos (federal, estaduais, distrital e municipais) em educação.

Com o objetivo de convocar os/as parlamentares a alterarem a meta 20 do novo PNE, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, criadora e coordenadora do movimento “PNE pra VALER!”, realizará um tuitaço em defesa de um patamar de investimento público em educação pública equivalente a 10% do PIB. A mobilização via Twitter acontecerá na terça e quarta-feira, respectivamente, dias 29 e 30 de maio, a partir das 10 horas da manhã até às 20 horas de cada data.

Até o momento, o relatório substitutivo do novo PNE, apresentado pelo relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), prevê um patamar de 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em investimento público direto em educação (recurso público investido em educação pública). Está comprovado por estudos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e da Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) que esse patamar é insuficiente e incapaz de aliar expansão de matrículas com padrão de qualidade. O Comunicado 124 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Governo Federal) apresenta diversas alternativas de fontes de financiamento capazes de viabilizar os 10% do PIB para a educação pública. Não há mais desculpa.

A sociedade brasileira quer uma escola pública de qualidade! O patamar de 10% do PIB de investimento público direto em políticas educacionais é o mínimo para se garantir o direito à educação pública de qualidade para todos e todas.

Para colaborar com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e os/as parlamentares da Comissão Especial a garantirem um “PNE pra VALER!”, participe do tuitaço! Agora é a hora!

Veja abaixo algumas sugestões de tuítes do movimento “PNE pra VALER!”.

Se você deseja efetivar o direito de todos e todas à educação pública de qualidade, divulgue a mobilização e participe!

Tuites sugeridos pelo movimento “PNE pra VALER!”:

Deputados @angelovanhoni, @antonioroberto, @arturbruno #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @canzianialex, @chico_lopes, @dep_ivanvalente #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @dephugoleal, @deplelocoimbra, @depmarcosmontes @depneiltonmulin #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @depronaldo, @deputadoariosto, @deputadobiffi, @deputadogilmar #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @deputadojoaquim, @df_paulofreire @dpmarciomarinho @drubiali #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @drrosinha, @eduardobarbosa, @eliseupadilha, @emiliano_jose #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @esperidiaoamin_, @izalcilucas, @marchezan, @luiznoe #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputadas @fatima_bezerra, @maragabrilli, @profdorinha e @teresasurita #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @jorginhomello, @onyxlorenzoni, @osmar_serraglio, @paulorubem #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputados @profnewtonlima, @raimundo_matos, @raulhenry, @renanfilho_, #VOTA10 #PNEpraVALER!

Deputado @setimo1577, @severinoninho, @stepanrio, @waldirmaranhao, #VOTA10 #PNEpraVALER!

@alessandromolon PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@alice_portugal, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@andremourapsc, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@angelovanhoni, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@antonioroberto, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@arturbruno, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@canzianialex, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@chico_lopes, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública ##VOTA10 #PNEpraVALER!

@dep_ivanvalente, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@dephugoleal, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@deplelocoimbra, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@depmarcosmontes, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@depneiltonmulim, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@depronaldo, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@deputadoariosto, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@deputadobiffi, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@deputadogilmar, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@deputadojoaquim, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@df_paulofreire, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@dpmarciomarinho, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@drrosinha, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@drubiali, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@eduardobarbosa_, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@eliseupadilha, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@emiliano_jose, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@esperidiaoamin_, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@fatima_bezerra, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@izalcilucas, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@jorginhomello, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@luiznoe, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@maragabrilli, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@marchezan_, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@onyxlorenzoni, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@osmar_serraglio, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@paulorubem, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@profdorinha, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@profnewtonlima, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@raimundo_matos, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@raulhenry, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@renanfilho_, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@setimo1577, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@severinoninho, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@stepanrio, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@teresasurita, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!

@waldirmaranhao, PNE pra Valer é com 10% do PIB para a educação pública #VOTA10 #PNEpraVALER!
Fonte: Site Campanha Nacional Pelo Direito à Educação
 Fonte: Site Campanha Nacional Pelo Direito à Educação

sábado, 19 de maio de 2012

Presidente Dilma Doa Indenização Por Tortura

Despojamento

Dilma doa indenização por tortura




A presidente Dilma Rousseff, interrogada e torturada pelo durante a ditadura militar, receberá indenização do governo do Rio de Janeiro, Estado em que sofreu os abusos.
A instituição beneficiada pela doação será a "Tortura Nunca Mais", grupo fundado em 1985 por iniciativa de ex-presos políticos torturados durante o regime militar e por familiares de mortos e desaparecidos políticos.
Segundo o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, serão contempladas com a indenização do Rio de Janeiro 316 pessoas. O valor da indenização da presidente não foi divulgado. Com informações da Agência Estado.
Fonte: Blog do Jamildo

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Constutora Delta em Pernambuco

Saiu no Blog do Magno Dantas

Delta vem obtendo contratos milionários em Pernambuco

 Pernambuco, berço da construtora Delta, envolvida no escândalo Carlinhos Cachoeira, é solo fértil para a prosperidade e vigor da empreiteira. A evolução nas cifras dos contratos milionários firmados com o governo pernambucano nos últimos seis anos impressiona. Em 2005, durante gestão do então governador e atual senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), o Estado pagou R$ 2 milhões à empresa. Em 2006, quando assumiu o vice, Mendonça Filho (DEM-PE), foram R$ 3,5 milhões. No governo Eduardo Campos (PSB-PE), tendo o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) como combustível, o cofre pernambucano da Delta engordou de maneira sistemática. Só no ano passado, a construtora embolsou R$ 105 milhões. Neste ano, até o momento, já existem mais R$ 50 milhões empenhados.

De 2007, quando Eduardo Campos assumiu o poder, para cá, a construtora recebeu R$ 250 milhões por contratos de obras das Secretarias de Cidades e Transportes e de órgãos públicos a exemplo do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PE) e Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB). A assessoria de imprensa do governo de Pernambuco encaminhou nota confirmando que havia obras no estado tocadas pela Delta. Percebendo a repercussão negativa após o escândalo em decorrência das Operações Vegas e Monte Carlo, o governador resolveu abrir procedimento para fazer uma devassa em todos os contratos da construtora.
(Do Diario de Pernambuco - João Valadares)
 
Fonte: Blog do Magno Dantas

Prisão de Rapper Emicida em BH 13/5, Dedo na Ferida

             Após denúncia da truculência da polícia a mando da Prefeitura de Belo Horizonte-MG, ao cumprir ordem de despejo da ocupação Eliana Silva, no Barreiro área Metropolitana de Belo Horizonte. O Rapper foi detido pela polícia militar e conduzido até a delegacia local, ao subir no palco Hip Hop evento que ocorre ha alguns anos e já faz parte do calêndario local, Emicida gritou "Somos Todos Eliane Silva" e declarou solidariedade as famílias e dedicou a música dedo na ferida onde denúncia as agressõs ao povo. A polícia alegou que o músico estava excitando o público contra eles e o governo. O que dizer então da prática de uma Prefeitura que não resolve o problema habitacional da população carente e ainda desocupa debaixo de cacetetes famílias sem teto, de um terreno que antes não tinha utilidade.
ABAIXO A REPRESSÃO POLICIAL E GOVERNAMENTAL!
SOMOS TODOS ELIANA SILVA!
 

A Economia Capitalista Esta em Crise

“A economia capitalista está em crise e as contradições tendem a se aguçar”

Na visão do professor Armando Boito, o atual modelo neodesenvolvimentista brasileiro colabora para tal acirramento
 09/04/2012
Nilton Viana
da Redação

         O professor da Unicamp Armando Boito acredita que o neoliberalismo representa, em todo o mundo, uma ofensiva da burguesia contra os trabalhadores. Segundo ele, para nós da América Latina, representa uma ofensiva das economias imperialistas contra as economias dependentes latino-americanas.
Manifestação contra a ação da PM na desocupação do
Pinheirinho, em São José dos Campos (SP) - Foto: João Zinclar
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Boito afirma que o modelo de desenvolvimento brasileiro é neodesenvolvimentista, que é, segundo ele, o programa de uma frente política integrada por classes e frações de classe muito heterogêneas. Para o professor, essa é a frente que sustentou os governos Lula da Silva e que, agora, sustenta o governo Dilma.
“As organizações revolucionárias devem participar criticamente dessa frente porque o seu programa atende apenas de modo marginal e muito restrito os interesses das classes populares”, defende. Boito afirma também que o movimento popular deva levantar a bandeira da independência nacional. Além disso, deve pressionar o governo brasileiro para que ele se coloque contra as sucessivas intervenções militares dos EUA e da OTAN nos países da África e da Ásia.

Brasil de Fato – Como você avalia o atual modelo de desenvolvimento brasileiro?
Armando Boito – Eu penso que o modelo capitalista vigente no Brasil ainda é o modelo neoliberal, embora esse modelo tenha passado por um período de reforma. Essa reforma aparece na política econômica neodesenvolvimentista e nas políticas sociais da década de 2000. Explico. O neoliberalismo representa, em todo o mundo, uma ofensiva da burguesia contra os trabalhadores e, para nós da América Latina, representa, ademais, uma ofensiva das economias imperialistas contra as economias dependentes latino-americanas. Essa dupla ofensiva traduziu-se, como sabemos, em aumento do desemprego, no corte de direitos trabalhistas e sociais, na reconcentração da renda, nas privatizações, na hipertrofia da acumulação financeira, na abertura comercial e na desindustrialização forçada de países da América Latina. Pois bem, embora os governos Lula e, na sua sequência, o governo Dilma não tenham revertido essa dupla ofensiva e tampouco suprimido os seus principais resultados, esses governos moderaram os efeitos negativos do modelo capitalista neoliberal no que respeita às condições de vida da população trabalhadora e no que concerne à proteção do capitalismo brasileiro. A economia voltou a crescer, o emprego e o salário cresceram, o programa de privatização foi contido e, como podemos ver no presente momento, o governo Dilma se esforça por proteger a indústria interna da concorrência dos importados barateados pelo câmbio alto.
         Embora o capitalismo neoliberal não tenha sido substituído por um modelo novo, voltado para as necessidades mais sentidas das massas trabalhadoras, podemos observar um contraste entre, de um lado, a situação brasileira e também de vários países latino-americano, e, de outro lado, a situação dos principais países da Europa. Enquanto assistimos a uma nova e forte ofensiva burguesa neoliberal na Inglaterra, na França, na Itália, em Portugal e em outros países europeus com seus governos majoritariamente neoliberais ortodoxos, na América Latina, onde prosperaram os governos de centro-esquerda e de esquerda, o que vemos são tentativas de moderar o capitalismo neoliberal (Brasil e Argentina) ou mesmo de substituir esse modelo (Bolívia, Venezuela). São respostas diferentes para a crise iniciada em 2008.

Como é que você caracteriza o neodesenvolvimentismo dos governos Lula e Dilma?
        O neodesenvolvimentismo retoma a velha aspiração desenvolvimentista, mas o faz em condições históricas novas e com ambição menor. O neodesenvolvimentismo é o desenvolvimentismo possível dentro do modelo capitalista neoliberal. Vou destacar cinco diferenças importantes que o distinguem do desenvolvimentismo do período 1930-1980 e que o distinguem, especialmente, da fase em que o velho desenvolvimentismo esteve unido ao populismo entre 1930 e 1964.
         O neodesenvolvimentismo, quando comparado ao desenvolvimentismo do século passado,
a) apresenta taxas de crescimento econômico bem mais modestas; b) confere importância menor ao mercado interno, isto é, ao consumo das massas trabalhadoras do país; c) dispõe de menor capacidade de distribuir renda; d) aceita a antiga divisão internacional do trabalho, promovendo uma reativação, em condições históricas novas, da função primário-exportadora do capitalismo brasileiro; e) é dirigido politicamente por uma fração burguesa, a qual nós denominamos burguesia interna, que perdeu toda veleidade de agir como força antiimperialista. Todas essas cinco características, que se vinculam umas às outras, fazem do neodesenvolvimentismo um programa muito menos ambicioso que o seu predecessor e tais características advêm do fato de o neodesenvolvimentismo ser a política de desenvolvimento possível dentro dos limites dados pelo modelo capitalista neoliberal. As taxas menores de crescimento do PIB são as taxas possíveis para um Estado que, para poder rolar a dívida pública, aceita abrir mão do investimento; o papel de menor importância conferido ao mercado interno é decorrente do compromisso político em manter a abertura comercial; a reativação da função primário-exportadora é a opção de crescimento possível para uma política econômica que não pretende retomar as posições que o capital imperialista obteve no mercado nacional; todas as características anteriores desestimulam ou impedem uma política mais forte de distribuição de rendas.

Do ponto de vista político, quais sãs as forças que sustentam esse modelo de desenvolvimento?
        O neodesenvolvimentismo é o programa de uma frente política integrada por classes e frações de classe muito heterogêneas, frente essa que sustentou os governos Lula da Silva e que, agora, sustenta o governo Dilma. Essa frente representa prioritariamente os interesses de um setor importante da burguesia brasileira que é a grande burguesia interna.
A burguesia não é uma classe homogênea, ela encontra-se dividida em frações cujos interesses de curto prazo diferem entre si em decorrência das situações distintas vividas pelas empresas no processo de acumulação capitalista (banco, indústria e comércio; grande capital, médio capital; exportação, importação etc.) e em decorrência do perfil da política econômica do Estado. A fração que denominamos grande burguesia interna brasileira é integrada por grandes empresas de variados setores da economia. O que unifica essas empresas é a reivindicação, motivada pela política econômica de abertura comercial e de desnacionalização da década de 1990, de proteção do Estado na concorrência que elas empreendem com o capital estrangeiro. Essa fração burguesa quer o investimento estrangeiro no país, mas pretende, ao mesmo tempo, preservar e ampliar as suas posições no capitalismo brasileiro – é por isso que a denominamos burguesia interna e não burguesia nacional que pode, essa última, assumir posições antiimperialistas. Vê-se que, ao contrário de uma ideia bastante corrente, a chamada “globalização” não fundiu a burguesia dos diferentes países numa suposta burguesia mundial.

Mas essa grande burguesia interna ganhou com o neoliberalismo. É ela a força dirigente da frente política neodesenvolvimentista?
            A grande burguesia interna brasileira também ganhou com o neoliberalismo ortodoxo da década de 1990. Teve ganhos com redução dos direitos trabalhistas e sociais, com o desemprego que dobrou o sindicalismo e, ponto importante, aumentou o seu patrimônio com a compra, a preço vil, de grandes empresas estatais. Porém, essa fração burguesa
As classes populares ainda dão apoio
aos governos neodesenvolvimentistas de
Lula e Dilma - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
acumulou, nesse mesmo período, contradições com aspectos específicos do modelo capitalista neoliberal e passou a reivindicar proteção do Estado para não ser engolida pelo grande capital financeiro internacional – ou seja, passou a reivindicar justamente aquilo que a burguesia condena, em teoria, no seu discurso ideológico. A ascensão de Lula representou, acima de tudo, a ascensão dessa fração da burguesia em disputa com o grande capital financeiro internacional. A priorização dos interesses dessa fração do grande capital pelo Estado brasileiro aparece em inúmeros aspectos da política econômica dos governos Lula e Dilma. Aparece no abandono a frio da proposta da ALCA, na nova política de créditos do BNDES que visa à formação dos chamados “campeões nacionais” para diferentes setores da economia, na inversão da política de comércio exterior da era FHC, visando obter saldos crescentes na balança comercial, na legislação que prioriza as empresas instaladas no país para as compras do Estado e das empresas estatais, na nova política externa que visa fortalecer as relações Sul-Sul e, como estamos vendo neste momento, nas iniciativas do governo Dilma, visando proteger a indústria interna. Pois bem, a grande burguesia interna é a força dirigente da frente política neodesenvolvimentista, ou seja, é essa fração de classe que define os objetivos prioritários e os métodos de intervenção política da frente. O seu objetivo é o crescimento econômico com maior participação das empresas predominantemente nacionais e das empresas estrangeiras aqui radicadas, uma maior proteção do mercado interno e o apoio do Estado para a conquista de mercados externos para a exportação de mercadorias e serviços e também para a expansão dos investimentos das empresas brasileiras no exterior – construção civil, exploração mineral, siderurgia, bioenergia etc.

E você entende que há uma aliança dessa burguesia com as classes populares?
          Não exatamente. Como já indiquei, é verdade que o programa neodesenvolvimentista contempla também, ainda que de maneira periférica ou pontual, alguns interesses das classes populares – operariado urbano, baixa classe média, campesinato e a massa empobrecida pelo desemprego e pelo subemprego. Porém, nós estamos utilizando a expressão frente política, e não aliança de classes, para caracterizar as relações que se estabelecem entre as diferentes classes e frações de classe que compõem as bases sociais do programa neodesenvolvimentista porque a unidade entre essas forças é um tanto frouxa e não se baseia em um programa político claro, que tivesse sido assumido, conscientemente, pelas organizações das diferentes classes e frações de classe que integram o campo neodesenvolvimentista. Às vezes e para alguns setores da frente desenvolvimentista as relações se aproximam daquilo que poderíamos denominar uma aliança de classes. Estamos vendo isso agora na ação conjunta das centrais sindicais e do grande empresariado industrial para pressionar o governo Dilma para que tome medidas de proteção à indústria instalada no país. Porém, no plano político e em geral não é assim que se dão as relações entre as forças que compõem o campo neodesenvolvimentista. É por isso que prefiro falar em frente e não em aliança de classes. Mas, tanto na frente quanto na aliança a base é algum tipo de convergência de interesses.

Como é que os interesses populares são contemplados pelo neodesenvolvimentismo?
         Entre as classes populares, o crescimento econômico também é bem-vindo. Depois da “década perdida” do reinado tucano, o crescimento é o elemento que une essa frente. Porém, os trabalhadores querem crescimento com emprego de qualidade, com melhoria salarial, com distribuição de terra, enfim, querem que o crescimento favoreça as grandes massas. É nesse ponto que se instaura o conflito entre a força dirigente e as forças subordinadas dessa frente política.
          Esse conflito, convém destacar, tem se mantido, contudo, no terreno da luta econômica. No terreno político, quando o neodesenvolvimentismo é ameaçado, as classes e frações de classe que compõem a frente, agem de maneira unitária – aconteceu isso na chamada “crise do mensalão” em 2005 e nas eleições presidenciais de 2006 e de 2010. Em todas essas conjunturas, a grande burguesia interna, por intermédio de suas principais associações, e as classes populares, por intermédio de partidos, movimentos e sindicatos, apoiaram Lula e Dilma contra a oposição dirigida pelo PSDB.

Você entende que as direções dessas organizações populares teriam sido cooptadas pelo governo, como sugerem alguns observadores?
         Não, eu não aceito essa análise. Os trabalhadores tendem a apoiar a frente neodesenvolvimentista devido a melhorias reais que obtiveram no emprego, no salário, na política de assistência social (bolsa família, auxílio de prestação continuada) e, no caso dos pequenos proprietários rurais, no crédito agrícola. Tivemos uma recuperação do salário mínimo, embora esse ainda permaneça num patamar baixo quando comparado até com o dos principais países da América Latina. Tivemos, também, uma grande melhoria nas convenções e acordos coletivos de trabalho: ao contrário do que ocorria no início da década de 2000, quando cerca de 80% das negociações salariais resultavam em reajustes inferiores à inflação, nos últimos anos a situação se inverteu – mais de 80% das convenções e acordos estabelecem reajustes acima da taxa de inflação. As condições para a organização e para a luta sindical melhoraram muito. Temos tido aumento real de salários. Os governos Lula e Dilma promoveram também uma política de integração racial, favorecendo a população negra que é uma parte muito importante das classes trabalhadoras. Parte da classe média foi contemplada com a reabertura dos concursos públicos, com a expansão das universidades federais e com as bolsas e financiamentos para o ensino superior. É verdade, contudo, que há setores populares que não ganharam quase nada. Talvez o mais marginalizado pela política neodesenvolvimentista seja o campesinato sem-terra, pois os governos Lula e Dilma reduziram muito o ritmo das desapropriações. Porém, o apoio das direções de organizações populares, das centrais sindicais e de partidos de esquerda aos governos da frente neodesenvolvimentista não é, de maneira nenhuma, um apoio desprovido de base real, ao contrário do que sugere a noção de cooptação, e tampouco tal apoio contraria a aspiração da maior parte das bases sociais dessas organizações.

Da maneira como você expôs, pode parecer que todas as classes sociais participam da frente política neodesenvolvimentista, que ela não teria inimigos na sociedade brasileira.
Não é o que penso. A frente neodesenvolvimentista se bate contra o campo político neoliberal ortodoxo. Esse campo é formado pelo capital financeiro internacional, pela fração da burguesia brasileira perfeitamente integrada aos interesses desse capital e pela alta classe média, cujo padrão de vida se assemelha ao das camadas abastadas dos países centrais. A classe média é muito heterogênea e, como ocorre com a burguesia, também está dividida. A baixa classe média é, em grande parte, base eleitoral do PT, mas a votação dos candidatos do PSDB nos bairros de alta classe média indica claramente que essa última está com os tucanos. Pois bem, a força dirigente desse campo político neoliberal ortodoxo é o capital financeiro internacional e seu aliado interno, a fração burguesa a ele integrada. É o conflito entre a grande burguesia interna e essa burguesia integrada ao capital financeiro internacional, que são as forças dirigentes, respectivamente, do campo neodesenvolvimentista e do campo neoliberal ortodoxo, é esse conflito que se encontra na base da disputa partidária entre o PT e o PSDB.

No que consiste, fundamentalmente, o programa do campo neoliberal ortodoxo?
          O programa do campo neoliberal ortodoxo é, fundamentalmente, composto pelo tripé: a) desregulamentação do mercado de trabalho, b) privatização e c) abertura comercial e financeira. Na década de 1990, o campo político neoliberal ortodoxo sustentou os governos Collor, Itamar e FHC e logrou atrair parte do movimento operário e da massa empobrecida. Basta lembrarmos, para o caso do movimento operário, o apoio da Força Sindical a Collor e a FHC e, no que concerne à massa empobrecida, o apelo de Fernando Collor, apelo que se revelou eficiente eleitoralmente, aos “descamisados”, convocando-os para uma luta contra os “marajás”. Na década de 2000, contudo, esses setores das classes populares foram ganhos pela frente neodesenvolvimentista, enfraquecendo eleitoralmente o campo político neoliberal ortodoxo. Esse campo, embora domine a grande imprensa e os meios de comunicação de massa, está eleitoralmente enfraquecido. Hoje, escondem o seu verdadeiro programa e agitam apenas a bandeira “anti-corrupção”. Não ousam mais, ao contrário do que fizeram na década de 1990, expor seus verdadeiros objetivos. Mas, ao que José Serra, Geraldo Alckimin e Aécio Neves realmente aspiram é implantar, no Brasil, uma nova onda de reformas neoliberais, à moda do que estamos vendo na Europa. Basta ver o que dizem os intelectuais e políticos tucanos para o seu próprio público. Nos fóruns e meios de comunicação mais restritos, eles pregam a retomada da reforma trabalhista, da reforma previdenciária e criticam a aproximação do Brasil com os governos de esquerda e de centro-esquerda da América Latina. Nos Estados em que são governo, como em São Paulo, deixam entrever, também, que pretendem recrudescer a repressão contra o movimento popular – a desocupação do bairro do Pinheirinhos em São José dos Campos mostrou isso. O grande capital financeiro e a fração “cosmopolita” da burguesia brasileira querem recuperar o terreno perdido no Estado brasileiro e a alta classe média tucana quer que as massas populares retornem “ao seu lugar”.

Como você analisa as forças progressistas, de esquerda no atual cenário de desenvolvimento?
        A política brasileira contemporânea ainda está dividida entre, de um lado, as forças que defendem o modelo capitalista neoliberal na sua versão ortodoxa e propõem uma nova onda de reformas neoliberais e, de outro lado, as forças que apoiam a versão reformada desse mesmo modelo, versão essa criada pelo neodesenvolvimentismo dos governos Lula e Dilma. As classes populares, embora frustradas em muitas de suas reivindicações básicas, ainda dão apoio, sobretudo eleitoral, aos governos neodesenvolvimentistas. Os trabalhadores, com razão, veem nesses governos ganhos econômicos e políticos, sobretudo quando comparados aos governos do PSDB.
         Eu já tive uma avaliação diferente dessa questão, mas, hoje, entendo que as organizações revolucionárias e populares devem participar da frente neodesenvolvimentista, embora devam fazê-lo criticamente. Devem participar porque tentar, no presente momento, implementar um programa independente, popular ou socialista, só pode levar ao isolamento político. A experiência da década de 2000 mostrou que em todos os terrenos – eleitoral, sindical ou da luta popular – as forças que tentaram esse caminho se isolaram ou, pior ainda, acabaram se aproximando, apesar de suas intenções, de forças conservadoras. Alguns descobriram, para a própria surpresa, que estavam recebendo apoios e aliados muito incômodos.

Mas essas organizações poderiam alegar que quem integra a frente neodesenvolvimentista está aliado permanentemente a forças conservadoras.
           Se alegassem isso, estariam dizendo apenas parte da verdade. No Brasil, dentre os grandes partidos, há apenas dois que me parecem orgânicos: o PT e o PSDB. Representam interesses definidos e têm uma linha de atuação coerente. Porém, o pluripartidarismo brasileiro criou espaço para partidos que possuem, principalmente, uma função, digamos assim, governativa, e não uma função representativa. O maior deles é o PMDB. Esse partido apoia, dentro de certos limites, o governo do momento e o faz em troca de vantagens para seus políticos profissionais. Os limites são os seguintes: o PMDB não apoiaria um governo popular ou socialista e tampouco, pelo menos nas condições atuais, um governo fascista. Mas, no interior desse amplo espectro, eles podem apoiar qualquer governo. A sua base eleitoral está adaptada a esse governismo. Ela tem uma posição de centro, que aspira a governos estáveis, e que pode aceitar mudanças pontuais desde que ocorram sem abalar as instituições do regime político vigente. Pois bem, isso significa que o PMDB desempenha, hoje, uma função política distinta daquela que ele desempenhou quando ofereceu o seu apoio aos governos neoliberais ortodoxos. E o papel político é mais importante que o partido ou as pessoas. Ademais, na forma como eu vejo a participação na frente, participação que deve ser crítica, as forças populares e socialistas não estão desobrigadas de fazer a crítica a forças conservadoras que ocupam cargos no governo. As recentes substituições nos ministérios do governo Dilma mostram que a esquerda poderia ousar muito mais nessa matéria.

Você ia, justamente, definir o que você entende por essa participação crítica.
É isso. As organizações revolucionárias devem participar criticamente dessa frente, porque o seu programa atende apenas de modo marginal e muito restrito os interesses das classes populares.
Participar criticamente significa, em primeiro lugar, não abrir mão das bandeiras populares, mesmo que isso crie conflitos no interior da frente. Eu me refiro, é claro, à luta por melhoria salarial e por melhores condições de trabalho, isto é, para que os frutos do crescimento econômico sejam repartidos. Mas, não se trata apenas dessa luta. Dou alguns exemplos referentes a lutas que estão na ordem-do-dia. Independentemente da posição do governo, não podemos abrir mão da bandeira histórica da reforma agrária e da ocupação de terra. Na questão democrática, a luta pela punição dos torturadores do período da ditadura militar está novamente colocada, sejam quais forem a composição e as intenções da Comissão da Verdade. As manifestações recentes defronte as residências e empresas de conhecidos torturadores – os chamados escrachos – são muito importantes nesse sentido. O movimento popular deve, também, levantar a bandeira da independência nacional. Deve pressionar o governo brasileiro para que ele se coloque contra as sucessivas intervenções militares dos EUA e da OTAN nos países da África e da Ásia.
          Em segundo lugar, a participação crítica na frente neodesenvolvimentista significa que é preciso fazer a crítica dos aspectos regressivos dessa política de desenvolvimento. A reprimarização da economia brasileira, a esterilização de um terço do orçamento da União para a rolagem da dívida pública, os prejuízos ambientais e muitos outros aspectos antinacionais e antipopulares do atual modelo devem ser criticados pelos setores populares que participam criticamente da frente. É preciso ter claro o seguinte. A grande burguesia interna depende do voto dos trabalhadores para manter os governos neodesenvolvimentistas e nem por isso essa burguesia abriu mão de lutar por seus interesses mesmo quando isso fere os interesses dos trabalhadores. As associações empresariais estão pressionando o governo para que esse reduza os gastos públicos – os gastos com os trabalhadores, mas não com a rolagem da dívida pública ou com os empréstimos subsidiados do BNDES, poderiam acrescentar – e para que efetue reformas que reduzam o custo do trabalho. Não serão, então, as organizações dos trabalhadores que irão abrir mão de seus objetivos específicos para ganharem nota de bom comportamento no interior desse “frentão”.
          Eu penso – e esse não é um mero chavão – que as contradições tendem a se aguçar. A economia capitalista neoliberal está em crise na Europa. As forças populares não podem arriar suas bandeiras nem abrir mão da crítica, porque, caso contrário, poderão ser surpreendidas por uma eventual implosão da frente neodesenvolvimentista e se verem sem proposta própria para seguir em frente.
Armando Boito Jr. é professor do Departamento de Ciência Política da Unicamp e Editor da revista Crítica Marxista. É autor dos livros Política neoliberal e sindicalismo no Brasil (São Paulo, Editora Xamã, 2002) e Estado, política e classes sociais (São Paulo, Editora Unesp, 2007).
Fonte: Brasil de Fato

Iná Camargo - Intelectuais tem Pavor de Revolução

“Intelectuais têm pavor de revolução”

Para Iná Camargo, quando um mero intelectual diz que o projeto socialista está fora de pauta, ele está simplesmente expressando seu mais profundo desejo que nunca entre mesmo na pauta  11/04/2012 
Jade Percassi
de São Paulo (SP)  

Iná Camargo - Foto: Cia do Latão
A professora Iná Camargo Costa, nesta entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, fala sobre arte e política em tempos de crise. Para ela, a arte convencional, uma das melhores expressões do fetichismo da mercadoria, em todas as suas modalidades, inclusive as chamadas vanguardas, é politicamente comprometida com os valores dominantes. A professora, que acompanhou de perto a luta dos grupos teatrais, principalmente de São Paulo, por políticas públicas para a cultura, afirma que não acha que o caminho da disputa pelos recursos públicos seja revolucionário. Para ela, o preço que os trabalhadores da cultura pagam pela opção reformista é a reprodução interna, tanto subjetiva quanto no plano da organização do trabalho, do que a vida no capitalismo tem de pior. Para Iná, na prática os artistas reproduzem todas as relações necessárias à manutenção do modo de produção capitalista e, reivindicando parte dos recursos públicos para a produção das suas obras e garantia da sobrevivência, demonstram estar completamente integrados ao sistema. “Todos pagam o preço da invisibilidade, inclusive política, a que estão condenados os que não se colocam como estratégia o confronto revolucionário com o monopólio dos meios de produção cultural”, afirma.          
Iná Camargo – que atualmente, atua como dramaturgista da Cia Ocamorana de teatro e que anunciou que por ocasião de seu sexagésimo aniversário faz sua despedida de eventos públicos “de qualquer natureza” – afirma que o problema, portanto, não é reiterar que “o projeto socialista está tão fora de pauta”, mas discutir por que as organizações políticas, tanto partidos quanto movimentos, não o colocam em pauta. E coloca um critério: quando um mero intelectual diz que o projeto socialista está fora de pauta, ele está simplesmente expressando seu mais profundo desejo que nunca entre mesmo na pauta, pois intelectuais têm pavor de revolução.  

Ver Entreveista com Iná Camargo completa no Site do Brasil de Fato
Fonte: Brasil de Fato 

Levante Popular da Juventude

Levante Popular da Juventude faz esculacho em 11 estados

Foram realizadas 12 mobilizações simultâneas em PE, PA, BA, CE, SE, PB, RN, SP, MG, RJ, RS
14/05/2012
do Levante Popular da Juventude

Nesta segunda-feira (14), o Levante Popular da Juventude promoveu mais uma série de esculachos contra torturadores e agentes da repressão da ditadura militar por diversos estados do Brasil. Os atos se basearam na denuncia de ex-agentes que participaram direta ou indiretamente de ações de tortura na época e em frente a prédios que serviam para tais fins, como o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi/Codi).

Foram realizadas 12 mobilizações organizadas nacionalmente em 11 estados: PE, PA, BA, CE, SE, PB, RN, SP, MG, RJ, RS. Oito agentes foram denunciados publicamente por meio dos esculachos, ao apontarem suas participações nos processos de tortura durante a ditadura.

Os manifestantes apoiam a instalação da Comissão da Verdade, cobram a localização e identificação dos restos mortais de desaparecidos políticos e exigem que os torturadores sejam julgados e punidos.

Além disso, os jovens condenam a movimentação dos setores conservadores dentro e fora das Forças Armadas, que não aceitam a democracia e não admitem a memória, a verdade e a justiça, desrespeitando a autoridade da presidenta Dilma Rousseff e ministros de Estado, como no manifesto “Alerta à nação”.

Desta forma, a juventude organizada pelo Levante sai às ruas para denunciar a impunidade de torturadores e criminosos da ditadura com o objetivo de sensibilizar a sociedade e garantir que a Comissão tenha liberdade para fazer o seu trabalho e alcance seus objetivos.

Ações
Em São Paulo, cerca de 100 jovens fizeram o esculacho do homem que torturou a presidenta Dilma Rousseff, o tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima, reconhecido pela presidenta como torturador da Operação Bandeirante, no município do Guarujá, no litoral de São Paulo.

O estado de Minas Gerais protagonizou outras duas ações. Em Belo Horizonte, o alvo de mais 100 pessoas foi a casa de João Bosco Nacif da Silva, médico-legista da Policia Civil da ditadura militar, denunciado pela participação num crime de assassinato e tortura na capital, em 1969. João Bosco foi responsável por autos de corpo delito na época, como no caso de João Lucas Alves, ao atestar um laudo médico dizendo que o jovem havia se suicidado, de acordo com o livro Tortura Nunca Mais.

No interior do estado, no município de Teófilo Otoni, outros 40 jovens fizeram um ato público nas ruas do centro da cidade. O ponto de partida da marcha foi a antiga cadeia da cidade e o Tiro de Guerra do Exército, e finalizaram na Praça Tiradentes. A atividade teve como objetivo resgatar a memória de Nelson José de Almeida, militante da organização política Comando de Libertação Nacional (COLINA), morto aos 21 anos no município. Além de denunciar o responsável por sua prisão, tortura e morte: o antigo 1º tenente da Polícia Militar Murilo Augusto de Assis Toledo, que foi agente do Dops de Minas.

Já na Bahia, por volta de 150 jovens de Feira de Santana, Cruz das Almas e Salvador foram às ruas da capital para fazer um esculacho contra o torturador Dalmar Caribé, cabo do Exército na ditadura, e responsável pelos assassinatos dos lutadores populares Carlos Lamarca e Zequinha Barreto. Os jovens seguiram em direção à Associação Cultural e Esportiva Braskem (ACEB), localizada no bairro do Costa Azul, local onde funciona a Associação de Karatê da Bahia (ASKABA), entidade fundada em 23 de novembro de 1967, pela família Caribé (Denilson Caribé de Castro e Dalmar Caribé de Castro).

No Rio de Janeiro, 50 jovens fizeram um protesto em frente a casa do torturador José Antônio Nogueira Belham, no Flamengo, Zona Sul. Belhan, envolvido nas torturas como colaborador e informante, foi o chefe do DOI-CODI do Rio. Dentre as inúmeras torturas e assassinatos cometidos em sua repartição está a do engenheiro civil e militante pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) Rubens Paiva, como citado no livro A Ditadura Escancarada, de Elio Gaspari.

Em Sergipe, o esculachado foi o médico apoiador da ditadura Dr. José Carlos Pinheiro, diretor do Hospital e Maternidade Santa Isabel, o mesmo alvo da última ação. Ele é acusado de acompanhar presos políticos submetidos à tortura no 28° Batalhão de Caçadores. Os cerca de 50 jovens denunciam que a função do médico era “diagnosticar” a saúde dos homens e mulheres torturados para determinar se eles aguentariam ou não mais atos de violência.

Em Pernambuco, o torturador escolhido foi o desembargador aposentado Aquino de Farias Reis. Aquino foi delegado de plantão no DOPS de Pernambuco, quando o preso político Odijas Carvalho, estudante de agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), foi barbaramente torturado aos 26 anos de idade e morto em consequência das torturas, em 30 de fevereiro de 1971. A ação aconteceu em frente ao Condomínio Ilha do Retiro, onde fica sua residência.

No Pará, um grupo de aproximadamente 50 pessoas realizou uma ação de escracho em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, na cidade de Belém. O objetivo foi denunciar que naquele prédio trabalham dois torturadores da ditadura militar: Magno José Borges e Armando Souza Dias. Os dois ligados ao DOI-CODI estiveram no episódio da Guerrilha do Araguaia. Além dos cargos públicos, uma denúncia publicada pelo jornalista Mario Augusto Jakobskind diz que ambos também trabalham na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Na capital do Rio Grande do Norte os jovens resgataram a memória mostrando os rostos e contando a história de quem morreu por defender a liberdade e justiça, ao homenagearem pessoas torturadas e mortas pelo regime, como Edson Neves, Emanuel Bezerra, Anátalia Alves e José Silton Pinheiro. O ato, com um caráter de agitação, aconteceu na Praça Cívica de Natal, em frente ao Palácio dos Esportes.

No Ceará, o foco da ação foi a antiga sede da Polícia Federal, que funcionou como um centro de tortura onde vários militantes de movimentos sociais e partidos políticos foram presos e torturados durante a ditadura, e que hoje em dia abriga a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor). Participaram da ação na capital cearense cerca de 80 pessoas, juntamente com outras entidades e ex-presos políticos, os jovens se mobilizam pela Comissão Nacional da Verdade, em Fortaleza (CE).

Já na Paraíba, o Levante promoveu uma manifestação na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e na Escola Estadual Presidente Médici, em João Pessoa, com o intuito de dialogar com os estudantes e resgatar à memória o período opressor da Ditadura Militar.

Em Santa Maria (RS), houve uma série de colagem de cartazes pela cidade para denunciar os tempos da ditadura civil-militar brasileira. A atividade procurou problematizar junto à população a necessidade de instauração da Comissão da Verdade, que vai apurar os crimes cometidos durante o período.

Abaixo, leia nota do Levante sobre a instalação da Comissão da Verdade:
#Levantecontratortura: Comissão precisa de apoio para alcançar objetivos

A Comissão Nacional da Verdade precisa de apoio e acompanhamento de toda a sociedade, para que venha a cumprir a contento a tarefa que tem pela frente:

- conhecer a verdade sobre os processos de tortura, estupro, morte e desaparecimento forçado dos homens e mulheres que resistiram à Ditadura Militar;

- levar ao conhecimento da sociedade as lutas e a resistência daqueles que enfrentaram a ditadura e os nomes dos agentes do aparelho repressivo e os crimes por eles cometidos;

- fornecer os elementos necessários para que os torturadores, estupradores, homicidas e sequestradores que agiram em nome da ditadura com crime e covardia – e se escondem até hoje – possam ser responsabilizados e punidos, como determinou a Corte Interamericana de Direitos Humanos;

Convidamos a juventude e toda a sociedade para se posicionar em defesa da Comissão Nacional da Verdade, contra as pressões para que seus objetivos não sejam cumpridos ou os resultados desmoralizados, e contra os torturadores, que hoje denunciamos e que vivem escondidos e impunes e seguem ameaçando a liberdade do povo. Até que todos os torturadores sejam julgados, não esqueceremos, nem descansaremos.

Fonte: Brasil de Fato

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Solidariedade da Globo e Abril

A solidariedade das famílias Globo e Abril

Veja: menino malcriado não aguenta briga e pede ajuda pro irmão mais velho

- por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador

Não vou perder tempo aqui debatendo os argumento de ”O Globo”. Até porque, dois blogueiros já fizeram a análise minuciosa do editorial em que o jornal da família Marinho tenta fazer a defesa de Bob Civita – o dono da Abril.

Miguel do Rosário e Eduardo Guimarães deram uma surra de bons argumentos no diário carioca. O texto do Miguel você pode ler aqui. E o do Eduardo você encontra aqui.

O que me interessa não é o editorial em si. Mas sua motivação.

Primeiro ponto. Chama atenção que Bob Civita tenha ido pedir socorro à turma da Globo. A Abril lembra-me aquele menino malcriado que quebra o vidro da vizinha, corta o rabo do gato, cospe no garoto menor da casa ao lado. Aí, quando recebe o troco, sai chorando e pede ajuda pro irmão mais velho. A revista mais vendida do país não consegue se defender sozinha?

A Abril espalha por aí que a “Veja” tem um milhão de tiragem! Isso não é suficiente pra encarar a briga com meia dúzia de “blogueiros chapa-branca a serviço de setores radicais do PT?”. Por si só, esse já é um fato a demonstrar a mudança na “correlação de forças” da comunicação.

O velho jornalismo não se conforma com o “contraditório”. Dez anos atrás, não havia uma ferramenta para rebater um editorial de “O Globo”.Hoje, os editorialistas escrevem besteiras e, no dia seguinte, lá estão os Migueís e Eduardos a dar o troco na internet. Com categoria.

Não é a primeira vez que as Organizações Globo passam recibo do incômodo. Em 2010, depois da segunda derrota de Ali Kamel (a primeira ocorrera em 2006, com a reeleição de Lula, e a terceira aconteceria em 2012, no julgamento das quotas, como se pode ler aqui), “O Globo” passou recibo destacando em primeira página a entrevista de Lula aos blogueiros. Destilou ódio. Tentou nos atacar. Mas, sem perceber, revelou a força dos blogs. Foi até engraçado. Agora, a história se repete.

Mas há um fato novo. Dessa vez, os blogs não falaram sozinhos. A Record levou o caso “Veja-Cachoeira” para a TV aberta. E a “Carta Capital” estampou a foto de Bob “Murdoch” Civita pelas bancas de jornal de todo o país. A reportagem da Record e o texto de “CartaCapital” também passaram a ser reproduzidos pelas redes sociais. Atingiram, com isso, um público distante do debate sobre as comunicações. Soube de um caso ontem. Uma pessoa da família ligou pra perguntar: “afinal por que estão falando tão mal da “Veja? A revista é tão boa, todo mundo aqui no prédio assina, será verdade isso tudo?”.

Ou seja, o ataque à “Veja” dessa vez chegou ao público leitor da revista, provocando certo mal estar. Isso deve ter apavorado Bob Civita.Ontem mesmo, circularam informações de que Fabio Barbosa, executivo da Abril, teria pedido demissão por causa da crise. Civita está fragilizado. Correu pro colo do irmão mais velho.

E há um terceiro ponto. ”O Globo” age só como irmão mais velho protetor? Ou tem algum outro temor?

O site 247 acaba de publicar na internet um imenso arquivo digital com transcrições e grampos da Polícia Federal, que eram guardados em sigilo. O que haveria nesses arquivos? Nos próximos dias, blogueiros e tuiteiros vão decifrar os arquivos, enquanto “Globo” e “Veja” tentarão escondê-los.

Até agora, não há nenhum indício de que a Globo, institucionalmente, tenha-se comprometido com a rede criminosa de Cachoeira. Tenho dito isso a blogueiros e comentaristas mais afoitos: “muita calma, minha gente; uma coisa é ser conservador ou manipulador; e outra coisa é se associar à bandidagem”.

A Globo, até onde se sabe, não se associou a Cachoeira diretamente. Mas a Globo e o JN são “sócios” das “reportagens investigativas” policarpianas. Isso desde 2005. Ali Kamel adotou a estratégia do telejornalismo por escrito. Semanos a fio, o JN fazia a “leitura” das páginas de “Veja”, repercutindo para o grande público as “apurações” de “Veja”. Sobre isso, já escrevi aqui.

Ou seja, desmascarar a “Veja” é também desmascarar o jornalismo de araque praticado por Ali Kamel nos últimos anos, à frente da emissora da familia Marinho.

A Globo pode ser acusada de muita coisa, mas jamais de ”abandonar um companheiro ferido na estrada” (copyright: Paulo Preto). “Globo” e “Veja” jogaram juntas anos a fio. Na hora do aperto, os irmãos Marinho não se recusariam a oferecer colo ao irmãozinho mais novo com fama de traquinas. Ou fascista.

É a solidariedade das famílias. 

Fonte: Blog Tudo em Cima

Greve da Construção Civil de Fortaleza

Greve da construção civil começa com força total em Fortaleza (CE)


PSTU-Fortaleza (CE)


Greve do peão nas ruas da capital cearense

• A manhã de terça-feira, 8 de março, foi agitada em Fortaleza (CE). Os operários da construção civil iniciaram sua greve por tempo indeterminado. O tradicional ponto de encontro da categoria, a Praça Portugal, foi tomada por piquetes que traziam operários dos quatro cantos da cidade.

Às 10h, o sindicato já tinha mobilizado operários de mais de 100 canteiros. Em duas regiões mais distantes foram formadas concentrações próprias. Foi o caso de Messejana, onde mais de 2 mil operários realizaram uma grande passeata.

A forte greve iniciada hoje é parte do ascenso na construção civil que toma conta do país. Assim como nas obras do PAC em Jirau, Pecém, Suape e Comperj, os operários estão com muita disposição de luta. A diferença é que em Fortaleza os operários contam com a direção da CSP-CONLUTAS, que não tem rabo preso com os patrões e nem com os governos.

Plenária unitária leva solidariedade à greve
A noite anterior teve um momento histórico, que já marca a atual greve. A plenária convocada pela CSP-CONLUTAS, central que o sindicato é filiado, contou com a participação de sindicatos da CUT e da Força Sindical. Da primeira veio o sindicato dos Comerciários, da segunda a Construção Pesada.

Participaram também da plenária importantes sindicatos filiados à CSP-CONLUTAS, como rodoviários e confecção feminina. A ANEL e o MTST também estiveram presentes, assim como as oposições e o sindicato dos gráficos sem central.

Segundo Valdir Alves, dirigente operário dos anos 80 e dirigente da CSP-CONLUTAS, “não se via uma plenária como essa há muitos anos. É preciso cercar essa greve de solidariedade”.

Plenária de mulheres operárias fortalece a unidade
As mulheres da categoria têm participado ativamente da greve este ano. A unidade de homens e mulheres operárias contra a exploração só fortalece o movimento grevista. O Movimento Mulheres em Luta – MML vem participando ativamente da greve e hoje organizou uma primeira plenária com estas mulheres.

O fortalecimento das mulheres nesta luta é o caminho para lutar por salário igual para trabalho igual. Algumas companheiras participaram do comando de greve para ganhar mais mulheres para o movimento nos próximos dias.

Comando de greve
Após uma manhã de passeatas e assembleias a vanguarda da greve, diretores e apoiadores de diversas categorias constituíram o comando de greve. No comando a base avaliou o primeiro dia e tirou encaminhamentos para o dia de amanhã.

O PSTU apoia e participa ativamente da greve com sua militância. Para Francisco Gonzaga, operário e presidente estadual do partido, “é o momento de intensificarmos as mobilizações e cercar a greve de solidariedade. É preciso que chegue moções de apoio de todo o país”.

Governo Estadual utiliza tropa de choque
O ponto baixo do dia de hoje foi por parte do governador Cid Gomes. Com uma prática autoritária o governador utilizou a Tropa de Choque da policia militar para impedir que os operários da obra do Centro de Convenção pudessem participar da greve. Homens fortemente armados, cavalaria e cachorros foram colocados em frente à obra para intimidar os trabalhadores. Mesmo com todo aparato repressivo, parte importante saiu e se juntou aos piqueteiros.

 Fonte: Site PSTU 


                                            ( Complemento da matéria Quinta - feira, 10 de maio )


           O terceiro dia da greve geral dos trabalhadores da construção civil começa nesta quinta-feira, 10, com a paralisação de obras na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Até então o movimento só englobava obras na capital cearense.
                                                          Audiência de conciliação
             Na manhã desta quinta-feira, 10, haverá uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-CE) para tentar um acordo entre os trabalhadores e as construtoras. A reunião acontece às 10h. Paralelamente, os trabalhadores deverão se reunir em assembleia na praça Portugal para votar a continuidade da greve.

PARABÉNS AOS COMPANHEIROS GUERREIROS DE FORTALEZA!



quarta-feira, 9 de maio de 2012

CHARGE

                                         A Imprensa Golpista Fica Louca

Marcha das Vadias 2012

 MARCHA CONTRA A VIOLÊNCIA AS MULHERES

             Recife terá Marcha das Vadias no dia 26 de maio, o evento ocorreu pela primeira vez nos EUA, e hoje em dia acontece em várias partes do mundo. A marcha é principalmente contra a violência e pela liberdade sexual e é organizada através das redes sociais.

Militares Tentaram Matar Brizola

Militares tentaram matar Brizola e jogar a culpa na Igreja

quinta-feira, 3 de maio, 2012 por Josué Nogueira às 14:13

...
O ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Político Social) do Espírito Santo, Cláudio Antônio Guerra, revela no livro “Memórias de uma Guerra Suja” que se disfarçou de padre para tentar assassinar Leonel Brizola, fundador do PDT e um dos líderes da resistência contra a ditadura militar.
O disfarce era uma estratégia para responsabilizar a Igreja Católica pelo atentado. O delegado tem hoje 71 anos. Ele afirma que resolveu confessar seu envolvimento em crimes durante a ditadura militar devido a um conflito de consciência.
Após passar sete anos na cadeia sob acusação de ter matado um bicheiro, Cláudio Guerra converteu-se ao cristianismo e, hoje é preletor da Igreja Assembleia de Deus e costuma citar em suas pregações o seus “pecados do passado”.
O livro é de autoria dos jornalistas Rogério Medeiros e Marcelo Netto.
Segundo Guerra, a operação para matar Brizola foi comandada pelo coronel de Exército Freddie Perdigão (Serviço Nacional de Informações – SNI) e pelo comandante Antônio Vieira (Centro de Informações da Marinha – Cenimar).
“Os militares também andavam muito aborrecidos com a Igreja Católica, que estava se alinhando à esquerda, pela abertura política”, afirma Guerra. Perdigão e Vieira também estavam à frente do atentado ao Riocentro.
Guerra levava também uma pasta com um revólver calibre 45. A arma era a preferida dos cubanos. A intenção também era ligar o governo de Fidel Castro ao assassinato. Informações do iG Brasília. Foto: pdt.org.br.
Leia o resto deste post »

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Policarpo Jr da VEJA deve depor na CPI do Cachoeira

Pollicarpo Chefe da Revista Veja não deve escapar de ser chamado para depor na CPI do Cachoeira. Veja o vídeo acima onde a reportagem mostra as posiveis ligações entre Cachoeira e o dono da Veja, que lhe renderam informações privilegiadas caracterizado como ligação com os criminosos.


HOLLANDE É ELEITO PRESIDENTE DA FRANÇA

               socialista Hollande é eleito o novo presidente da França

Candidato socialista recebeu 51,9%
dos votos, segundo boca de urna
- LÚCIA MÜZELL, Direto de Paris

Os resultados de boca de urna apontam a vitória do socialista François Hollande no segundo turno das eleições presidenciais francesas, com 51,9% dos votos, contra 48,1% para o atual presidente de direita, Nicolas Sarkozy. Pontualmente às 20h (15h em Brasília), todas as emissoras de rádio e televisão anunciaram o nome do presidente, e embora não sejam dados oficiais, os resultados tradicionalmente são tidos como uma certeza pelos franceses. Os números definitivos serão informados pelo Ministério do Interior no início da madrugada.

A vitória de Hollande marca o retorno da esquerda à presidência da França, 17 anos após o fim do segundo mandato do ex-presidente socialista François Mitterrand, em 1995. Mitterrand - a principal inspiração do agora presidente eleito - foi sucedido pelo conservador Jacques Chirac (1995-2007), e depois por Nicolas Sarkozy (2007-2012), ambos do partido de direita União por um Movimento Democrático.

Hollande recebeu a notícia em seu comitê de campanha em Tulles, em Corrèze, reduto político do presidente eleito. Depois de votar, pela manhã, ele permaneceu no escritório durante o restante do dia, acompanhado apenas da mulher, Valérie Trierweiler, e de um conselheiro que o ajuda a preparar o seu discurso. Em instantes, Hollande vai realizar um discurso no centro de Tulles e depois segue para Paris, numa viagem de 480 km. Na capital, ele é aguardado na imensa festa popular que acontece na sede do Partido Socialista, na Rue Solférino, e depois na Praça da Bastilha, palco da Revolução Francesa, em 1789.

O socialista informou à imprensa que passou uma noite "tensa" e estava ansioso durante o dia inteiro. Esta foi a primeira vez que ele concorreu ao Palácio do Eliseu e a sua vitória é o resultado de um esforço pessoal fora do comum: nas eleições anteriores, em 2007, ele era secretário-geral do partido e visto como um político sem liderança e pouco expressivo. Mas desde que deixou as rédeas do PS, em 2008, Hollande passou por uma verdadeira metamorfose: perdeu 10 kg, rejuvenesceu o visual, passou a moderar nas piadas irônicas pelas quais era conhecido e, principalmente, se colocou como a voz moderada e sensível do partido. De encontro a um presidente que colecionava gafes contra as classes populares, em tempos de crise a França precisava de um homem que trouxesse de volta a conciliação. Com essa determinação, Hollande decidiu que a sua hora de concorrer ao cargo máximo da República tinha chegado.

Coincidência ou não, a candidatura do favorito para disputar o Palácio do Eliseu pelo Partido Socialista, Dominique Strauss-Kahn, acabou ficando pelo caminho. A cinco meses das prévias que escolheriam o candidato, no ano passado, um escândalo sexual em Nova York pôs fim aos planos do ex-diretor do FMI, visto como o único capaz de vencer Sarkozy nas urnas. O desânimo tomou conta dos socialistas, que começaram a duvidar, mais uma vez, da capacidade de voltar ao poder.

Porém, uma vez escolhido pelos militantes, Hollande deu início a uma campanha sem falhas: bom de discurso, percorre a França inteira pedindo a mudança e tentando transmitir a confiança que faltava aos franceses. Alguns o chamam de "frouxo", outros, de "bonzinho demais". O próprio Sarkozy diz que Hollande é sem dúvida um homem inteligente, mas "que não sabe dizer não".

No entanto, o primeiro grande comício de campanha do socialista, em Bourget, na periferia de Paris, mostra que as mudanças não foram somente no visual. Diante da multidão, aparece um candidato firme, decidido e transbordando vontade política de reunir os franceses em torno dos valores republicanos, a liberdade, a igualdade, a fraternidade. Essa determinação o acompanha durante toda a campanha, inclusive no esperado - e, sem dúvida, temido - debate cara a cara contra Sarkozy, visto pelo presidente como a oportunidade de ouro para reverter o quadro e, quem sabe, vencer as eleições.

No primeiro turno, as urnas confirmam a primeira façanha: jamais na história da 5ª República Francesa um presidente em exercício tinha ficado em segundo lugar no primeiro turno. Agora, os franceses confirmaram que querem sim a mudança tanto pedida por Hollande. Resta ao novo presidente provar que será capaz de, diante tantas adversidades, trazer de volta a França que tanto desperta admiração.

domingo, 6 de maio de 2012

Resposta do MLP ao Blog do Fábio

Blogueiro sai em defesa do Prefeito Descontrolado de São Lourenço.


 

       Recentemente o Blog do Sr. Fabio Cavalcante do Município de São Lourenço da Mata, públicou esse comentário infeliz na tentativa envão de socorrer o prefeito descontrolado Etore Labanca.

 


ESSA FOTO ABAIXO NÃO DEIXA DUVIDA DE QUE ELES ESTAVA 


MANCOMUNADOS PARA TUMULTUAR E DENEGRIR Á REUNIÃO


COM O PREFEITO   .



ESTA FOTO FOI DA REUNIÃO Reunião de fundação da MLP (Movimento de Lutas Populares) que aconteceu no colégio Spam neste domingo - 15/04/12.

Veja abaixo a públicação no Blog do Jamildo

Caro Jamildo,

 Recebi um pedido para atender uma comissão de moradores de Constantino. De imediato mandei que viesse na minha casa. Para minha surpresa percebi que se tratava de um candidato a vereador que estava acompanhado de pessoas que não moravam na localidade. Foram com o intuito de fazer provocação. 

E quem me conhece sabe que não sou de ficar calado diante dessa oposição desesperada. Já estive na comunidade.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Resposta do
Movimento de Lutas Populares - MLP no Blog Siga a Esquerda
              Gostaríamos de comunicar ao desinformado Blogueiro Fábio Cavalcante, que a reunião a que ele se referiu como: Reunião de mancomunados contra o prefeito Etore Labanca, através de seu infeliz comentário, tratava-se da Assembléia de Fundação do Movimento de Lutas Populares - MLP.  O MLP surgiu da necessidade dos trabalhadores e juventude pernambucana, de se organizar para lutar ao lado de outros seguimentos por uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.  E que portanto nada tem haver com grupos opositores a atual gestão do Prefeito Ettore Labanca, mesmo nós entendendo que é urgente e necessário mudanças na cidade devido ao abandono pelo qual passam os seus moradores, que hoje são desprovidos de quase tudo, saúde de qualidade, educação, lazer, habitação, saneamento, segurança e emprego. E enquanto as obras da Arena Pernambuco saem à custa do suor dos trabalhadores, que já realizaram várias paralisações e greves por conta dos baixos salários e condição de trabalho, o governo municipal investe em propaganda e marketing da CIDADE DA COPA, como obra para Inglês ver, a cidade esta cheia de buracos.
            O Direito de organização é garantido pela Constituição Federal desde 1988, quando ouvimos comentários dessa natureza, tendenciosos nos dá um grande sentimento de injustiça, que nos faz refletir sobre o seguinte tema: Qual a quantidade de mentiras despejadas diariamente por esse pessoal em cima da população de São Lourenço; por que o Blog do Fábio não se preocupa em cobrar da gestão melhorias para o povo ao  invés de promover e defender o gestor; que tipo de ligação o blog tem com o prefeito? 
           Comentários da natureza do feito pelo blog do fábio, nos da a certeza de que é necessário fazermos uma profunda reflexão a respeito de que tipo de imprensa queremos, a atrelada aos mandatários "donos poder" nos municípios e estados, com o único interesse de se locupletar, custe o que custar, ou uma imprensa livre e comprometida com a verdade dos fatos doa a quem doer.
            Tentamos enviar vários comentários ao referido Blog na tentativa de informalos a respeito da falta de veracidade de sua informação, assim como exigir direito de resposta, mas o que parece é que eles agem com o mesmo descaso que a gestão trata a coisa pública e os mesmos não postaram os nossos comentários e muito menos nos cedeu direito de resposta, demonstrando a sua falta de democracia, tais atitudes talvez expliquem os altos índices de rejeição pela população da cidade da atual gestão e seus aliados.
             Exigimos respeito, não somos moleques e sim um movimento sério que luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e juventude, inclusive lutamos pelos seus interesses enquanto trabalhadores.
 
ABAIXO A IMPRENSA ATRELADA A COISA PÚBLICA!
VIVA A DEMOCRACIA E A LIBERDADE DE IMPRENSA!