quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Assembleia de Trabalhadores de Suape Termina em Quebra-quebra

Suape »

Assembleia de trabalhadores da refinaria termina em quebra-quebra Grupo que discordou da ilegalidade da greve iniciou protestos, queimando ônibus e atirando pedras. Batalhão de Choque atuou para conter manifestação
                                                                          
Juliana Cavalcanti

 A assembléia dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Industrial Portuário de Suape, terminou em confusão e quebra-quebra. Indignados com a decisão da justiça de determinar a ilegalidade da greve iniciada na semana passada, um grupo de trabalhadores iniciou um quebra-quebra, que resultou em quatro ônibus queimados e em pedras atiradas contra o carro de som do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada (Sintepav).

          O Batalhão de Choque da Polícia Militar, que acompanhava a mobilização desde o início da manhã, teve que agir para conter os protestos – inclusive utilizando bombas de efeito moral. Neste momento, a situação está sendo controlada, segundo informações do Sintepav.

          Ao todo, cerca de 50 mil trabalhadores atuam na obra da refinaria, contratados pelas várias empreiteiras responsáveis pelo projeto. A greve foi iniciada na última semana, após parte dos operários discordar do acordo coletivo assinado no dia 27 de julho, aprovado após assembléia promovida pelo Sintepav.

         Neste acordo, ficou acertado reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e abono dos dias parados durante a mobilização de 27 a 30 de junho, além de equiparação salarial entre funcionários com atividades semelhantes, exercidas em diferentes empresas.
Na mobilização que resultou em greve, os trabalhadores pediam um reajuste de 15%. A paralisação da obra da refinaria foi iniciada oficialmente no dia 1º de agosto. Pela decisão da Justiça, a greve foi considerada ilegal e os operários terão descontados os dias parados.

          O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) vai comunicar à Justiça do Trabalho que as atividades na obra não foram retomadas hoje, como determinava a decisão judicial. “Não temos como avaliar se o que aconteceu hoje é fruto de uma mobilização maior ou ação de um grupo isolado. Esperamos que os trabalhadores retornem, pois o acordo coletivo foi negociado e agora também há a decisão judicial”, considerou Margareth Rubem, advogada do Sinicon.

O Sintepav deve divulgar uma nota oficial ainda esta manhã sobre os últimos acontecimentos.

Fonte: Diário de Pernambuco

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