quarta-feira, 15 de agosto de 2012

15º Dia de Greve na PetroquÍmica e Refinaria de SUAPE

Greve em Suape chega ao 15º dia sem avanços nas negociações  



Funcionários são contra o acordo que garante reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial  (Teresa Maia/DP/D.A Press)
        Embora as empresas tenham garantido o pagamento da quinzenaa parte dos operários nesta quarta-feira (15), não houve avanços com relação ao abono de 100% dos dias parados


       Funcionários são contra o acordo que garante reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial
       Quinze dias de greve, muita confusão, prejuízos milionários e nenhum acordo. Esse é o resumo da ópera que ainda rege cerca de 50 mil funcionários no canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da PetroquímicaSuape (PQS), no principal complexo industrial portuário de Pernambuco, em Ipojuca. Embora o Sindicato das Empresas da Construção Pesada (Sinicon) tenha cedido e garantido o pagamento da quinzena a parte dos operários nesta quarta-feira (15), não houve avanços com relação ao abono de 100% dos dias parados, o que determina a continuidade da paralisação.

      A informação da manutenção do movimento foi repassada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada em Pernambuco (Sintepav-PE), que recentemente mudou o discurso e passou a endurecer na negociação com as empresas. A reportagem do Diario não conseguiu falar com o presidente da entidade, Aldo Amaral, mas a sua assessoria comunicou o encontro que havia sido marcado para o fim do dia, na terça-feira (14), acabou sendo cancelado.

       Na semana passada, o Sintepav-PE foi acusado pelos trabalhadores de estar "do lado" das empresas. Membros do sindicato chegaram a ser apedrejados. Na última segunda (13), a entidade mudou o discurso e passou a endurecer a negociação. Panfletos foram distribuídos no canteiro de obras, orientando os trabalhadores a baterem o ponto e cruzarem os braços.  Vale lembrar que a greve foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, no dia 7 deste mês.

Histórico
        O movimento grevista nos canteiros de obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape começou oficialmente no último dia 1º de agosto, pela discordância em relação ao acordo coletivo aprovado em assembleia no dia 27 de julho. Neste acordo, ficou estabelecido reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial entre funcionários de mesma função trabalhando em empresas diferentes, entre outros pontos negociados.

       Pelo acordo, algumas funções receberiam até 40% de reajuste (devido à equiparação salarial). Mesmo com a aprovação em assembleia, um grupo de trabalhadores insatisfeitos mobilizou através de panfletos anônimos a greve, que culminou num conflito violento (com incêndio de quatro ônibus e apedrejamento do carro do Sintepav) no dia 8 de agosto. A polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral para conter o protesto.

      Após o incidente, o Sinicon, o Sintepav e presidente da Força Sindical, Miguel Torres, juntamente com um representante da Petrobras, pediram ao governo do estado que garantisse maior policiamento ao complexo.

Fonte: DP

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